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218 I SÉRIE - NÚMERO 6

melhoria das condições de trabalho e na beneficiação das instalações da Assembleia da República.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, já lá vai um longo caminho, de mais de 10 anos, desde que nos encontrámos, solidários e empenhados num projecto político consubstanciado no então PPD. V. Ex.ª não resistiu aos apelos que Francisco Sá Carneiro então lhe dirigiu no sentido de se juntar àqueles que acreditaram e acreditam na social-democracia como via para a mudança estrutural da sociedade portuguesa e a construção de uma sociedade mais livre, mais justa e mais igual.
E ainda bem que não resistiu. Valeu a pena todo este percurso, todas as responsabilidades que aceitou e assumiu por vontade expressa por outrem que não por sua expontânea iniciativa. V. Ex.ª dignificou todas as funções que exerceu, desde o âmbito do poder local até ao Governo da República.
Contudo, não foi o político hábil e dedicado que mais nos impressionou no perfil de V. Ex.ª: foi antes a faceta de homem digno, vertical e desprendido. Por isso o consideramos no PSD uma reserva moral, um repositório de qualidades essenciais e tantas vezes ausente na carreira política, em suma, um exemplo para todos nós.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Hasse Ferreira (UEDS): - Muito bem!

O Orador: - Os nossos objectivos de mais liberdade, mais igualdade de oportunidades, mais solidariedade entre os homens e uma vida mais digna para todos e cada um dos portugueses estão ainda longe de ser atingidos. Devemos mesmo reconhecer que muitos condicionalismos políticos, económicos, sociais e culturais subsistem teimosamente. E que a esperança nascida em Abril deu lugar em alguns casos ao desespero pela falta de trabalho, de casa e mesmo de pão. Ao cepticismo, noutros casos, pela ausência de perspectivas e de horizontes no futuro. Ao desencanto face à continuada presença sufocante e tentacular do Estado e da burocracia.
Esta esperança, Sr. Presidente e Srs. Deputados, deve renascer. Tem de renascer.
E este parlamento, expressão da vontade popular, na sua composição diversificada e plural, assume um papel essencial na regeneração. Prestigiando-se, melhorando a sua produtividade, dando resposta concreta aos anseios dos eleitores. Justificando-se e justificando a democracia parlamentar.
Para tanto, a presença de V. Ex.ª na Presidência da Assembleia da República constitui para nós um forte incentivo para reencontrarmos o caminho mais correcto na defesa da causa pública. E V. Ex.ª obterá certamente de todos nós, deputados e funcionários desta Casa, a resposta e o contributo necessários para atingirmos em conjunto os grandes objectivos comuns que nos norteiam.
Permita-me que termine, sem formalismos, com votos sinceros de muitas felicidades, extensivas a toda a Mesa e com um apertado e amigo abraço de toda esta bancada social-democrata.

Aplausos do PSD, do PS, da UEDS, da ASDI e de alguns deputados do CDS.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Gonzalez.

O Sr. António Gonzalez (Indep.): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estas minhas palavras vão ser muito breves, sem protocolo, constituindo mais uma saudação de trabalho do que qualquer outra coisa.
Outros oradores antes de mim focaram algumas ideias que também eu poderia ter expendido, nomeadamente quando se referiam à anterior equipa que ocupou a Mesa e que, em parte, ainda se mantém.
Relativamente ao Sr. Presidente Fernando Amaral, gostaria de dizer que estou convencido, pelas qualidades que lhe reconheci quando ocupou o lugar de Presidente substituto, que V. Ex.ª pode ser a garantia de que os trabalhos decorrerão dentro de uma calma e de um espírito humano de que bem necessitamos.
Represento um sector que, acima dos símbolos partidários, dá valor às qualidades humanas e ao espírito de cooperação e de diálogo.
Por isso, desejo sinceramente que o Sr. Presidente e a Mesa actualmente eleita tenham, por todo o próximo ano, um trabalho que seja o mais facilitado possível, de modo que todos nós possamos trabalhar com calma e serenidade.

Aplausos do PS, do PSD, do PCP, do MDP/CDE, da UEDS e da ASDI.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luis Nunes.

O Sr. José Luis Nunes (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Foi V. Ex.ª eleito Presidente da Assembleia da República na esteira de outros grandes Presidentes que passaram por esta Casa. Só por isso, por este simples e singelo facto, é que são devidas as maiores felicitações que o Grupo Parlamentar do PS neste momento lhe deseja expressar.
Importa recordar os nomes dos homens que tiveram a honra, em momentos históricos, de se sentar na cadeira que V. Ex.ª hoje ocupa: Henrique de Barros, Vasco da Gama Fernandes, Teófilo Carvalho dos Santos, Oliveira Dias, Leonardo Ribeiro de Almeida e Manuel Tito de Morais.
Na diversidade das suas opções políticas e partidárias, estes homens souberam servir a Assembleia da República, a democracia e, sobretudo, o seu país.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Não se espantará a Câmara que tenha algumas palavras, tão breves quanto sentidas, para quem até há pouco tempo foi o Presidente de todos nós: o Sr. Deputado Manuel Alfredo Tito de Morais. Membro da direcção do PS desde a sua fundação, membro da Acção Socialista Portuguesa, em cuja Comissão Directiva tive a honra de tomar parte juntamente com o Sr. Deputado Manuel Tito de Morais, e, ainda mais do que isso, combatente pela democracia e pela liberdade desde há longuíssimos anos (praticamente desde o início da sua vida como homem consciente), Manuel Tito de Morais honrou sobremaneira esta Casa pela forma como soube exercer as suas elevadas funções.
Não deixa de ser testemunho para a Historia que passados 50 anos de ditadura, nesta Casa, nestas