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13 DE FEVEREIRO DE 1985 1753

Manuel Mendes, na sessão de 15 de Novembro; Ilda Figueiredo, nas sessões de 15 e 22 de Novembro; Joaquim Gomes, na sessão de 15 de Novembro; Zita Seabra, na sessão de 22 de Novembro; Anselmo Aníbal e outros na sessão de 23 de Novembro; Anacoreta Correia, na sessão de 28 de Novembro; Handel de Oliveira, na sessão de 29 de Novembro; José Vitorino, na sessão de 30 de Novembro; Carlos Nunes da Silva, nas sessões de 5 e 6 de Dezembro; Vidigal Amaro e outros, na sessão de 6 de Dezembro; João Carlos Abrantes e Hernâni Moutinho, na sessão de 6 de Dezembro; Manuel Jorge Góis, na sessão de 11 de Dezembro; Carlos Espadinha, na sessão de 14 de Dezembro; Jorge Lemos, na sessão de 31 de Janeiro; Zita Seabra, na reunião da Comissão Permanente do dia 19 de Setembro e nas sessões de 5 de Julho e 17 de Outubro; Jerónimo de Sousa, na sessão de 11 de Outubro; José Manuel Mendes e José Magalhães, nas sessões de 18 de Outubro e 15 de Novembro; Carlos Espadinha, nas sessões de 22 de Junho e 24 de Outubro; Lopes Cardoso, na sessão de 25 de Outubro; João Amaral, nas sessões de 13 de Novembro e 5 de Dezembro; Magalhães Mota, nas sessões de 31 de Outubro, 6, 15 e 27 de Novembro e 18 de Dezembro; Francisco Manuel Fernandes, na sessão de 20 de Novembro; Manuel da Costa Andrade, na sessão de 22 de Novembro; Carlos Brito e Anselmo Aníbal, na sessão de 22 de Novembro; Manuel Fernandes e Anselmo Aníbal, nas sessões de 28 de Novembro e 20 de Dezembro; Gaspar Miranda Teixeira, na sessão de 28 de Novembro; Carlos Nunes da Silva, na sessão de 5 de Dezembro; António Roleira Marinho, na sessão de 7 de Dezembro, Neiva Correia, na sessão de 19 de Dezembro; Magalhães Mota, nas sessões de 16 de Setembro e 30 de Maio, 30 e 31 de Outubro, 27 de Novembro, 13 e 18 de Dezembro; Octávio Teixeira, nas sessões de 20 de Janeiro, 11 e 15 de Janeiro; Hernâni Moutinho, na sessão de 15 de Março, Manuel Fontes Orvalho e Lima Monteiro, nas sessões de 17 de Outubro e 28 de Novembro; Seiça Neves, na sessão de 24 de Outubro; Jerónimo de Sousa, na sessão de 31 de Outubro; Miranda Teixeira, na sessão de 8 de Novembro; João Amaral, na sessão de 13 de Novembro; Paulo Barral, na sessão de 22 de Novembro; Custódio Gingão, na sessão de 30 de Novembro; Guerreiro Norte e José Vitorino, na sessão de 4 de Dezembro; Jorge Lemos e Maia Nunes de Almeida, na sessão de 5 de Dezembro; Carlos Nunes da Silva, na sessão de 6 de Dezembro; Daniel Bastos, na sessão de 11 de Dezembro; Lacerda de Queirós e João Abrantes, na sessão de 13 de Dezembro; José Manuel Mendes e outros, na sessão de 14 de Dezembro; e Rosa Maria Albernaz, na sessão de 18 de Dezembro.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vão ser lidos dois votos de pesar pelo falecimento dos escritores José Gomes Ferreira e Nuno Bragança, apresentados pelo PCP.
O Sr. Secretário da Mesa irá ler o voto de pesar pelo falecimento do escritor José Gomes Ferreira.

O Sr. Secretário (Roleira Marinho): - É do seguinte teor:

Morreu José Gomes Ferreira, um dos maiores escritores portugueses de sempre. Tinha a idade do século e deixou-nos uma obra onde se harmonizam os valores estéticos e os da esperança diligente e transformadora.
Na arte de percutir as palavras com o lume de um lirismo novo, a par dos sinais vivazes da participação na vida, foi o militante poeta e cidadão que nutriu, com um cantar de lutas e sonhos, o tumultuar de certezas que em Abril floriu.
Das Aventuras (que continuam sendo maravilhosas) de João sem Medo ao Sabor das Trevas, passando pelo espólio poético que é, porventura, depois do de Fernando Pessoa, o expoente português da época moderna, às diferentes Memórias das Palavras, testemunho inigualável de períodos riquíssimos da nossa história (da implantação da República aos dias que vivemos), José Gomes Ferreira foi o escritor original, admirado, como poucos, em Portugal e no mundo, o homem fraterno, simples e solidário no meio dos homens. Por isso, sem lugar-comum, a sua morte nos mata.
A Assembleia da República reunida, em Plenário, no dia 12 de Fevereiro, expressa o seu profundo pesar pelo falecimento de José Gomes Ferreira, nome cimeiro da nossa cultura e cidadão português exemplar.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos votar. Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração de voto, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - A Assembleia da República presta homenagem a uma das mais destacadas figuras da cultura e a um dos cidadãos mais exemplares da vida portuguesa neste século.
O poeta José Gomes Ferreira assumiu com grande lucidez o melhor da consciência nacional e exprimiu-a com imensa beleza e notável originalidade.
Foi a voz da preocupação revoltada e do remorso militante ante a injustiça social e os atentados contra o homem e a humanidade, mas foi ao mesmo tempo a voz incontível da liberdade e da esperança.
A sua ira poética não poupou os tiranos e os verdugos, fossem os agentes da ditadura fascista, os generais franquistas, as hordas hitlerianas. E a incomparável ternura dos seus versos deixou vivos para todo o sempre os mártires e os heróis da resistência.
Foi acima de tudo a voz do optimismo histórico e humano que deixou gravado no poema mais cantado por gerações de antifascistas: «Havemos de chegar ao fim da estrada ao som desta canção.»
Tive pessoalmente o privilégio de sentir o calor desse optimismo, quando o conheci integrado numa delegação do Movimento de Unidade Democrática Juvenil, e senti-o anos mais tarde em contactos que com ele mantive já como funcionário clandestino do PCP. Encorajava muito ouvir a esperança dita por um tão grande amigo, com tanta sabedoria e certeza. Aprendi-o. Como antes e depois de mim aprenderam gerações de portugueses. Como sabe o nosso povo.