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5242 I SÉRIE - NÚMERO 108

impunibilidade ou não pagavam aos seus trabalhado rés ou abandonavam as empresas esperançados numa falência apesar de tudo redentora em que os capitais desapareciam do Pais em que a divida externa era em termos percentuais o triplo da que e hoje e em que os trabalhadores se arrastavam à porta das fábricas consumindo o tempo à falta de trabalho.
E cotejando estas duas situações a direcção da UGT dita estreme defensora dos trabalhadores guardou naqueles tempos de Conrado o prudente silêncio mas entende indispensável bater se hoje pela grande cruzada contra o Governo em nome como e de bom tom dos superiores interesses dos trabalhadores e entre duas saltadas ao largo do Rato ameaça três vezes com a greve geral. Quem seriamente pode achar em tudo isto idoneidade política e sindical?
Não faltarão os que justificam esta enormidade com um qualquer chavão do tipo daqueles que deitam areia para os olhos dos trabalhadores Mas a justificação verdadeira essa é óbvia com a actual liderança sócia lista a UGT perdeu autonomia estratégica e é hoje um instrumento dócil ao serviço da Frente Popular que vai ser ensaiada em Lisboa e caso resultasse bem e já programada para aspirar à governação do Pais.
Bem se compreende assim que o seu secretário geral brinque com as palavras e mostre ou esconda o trunfo da greve geral com o à vontade do artista circense e chega ao ponto de ainda que a tenha como justificada segundo afirma não a declarar porque conforme afirmação sua tal greve favoreceria o próprio Governo. A displicência é tanta a arrogância tamanha e que já se diz aparentemente sem que isso provoque especial escândalo nas consciências que as greves são boas não quando se destinam a defender os interesses dos trabalhadores mas sim quando visam atingir a credibilidade do Governo Isto e é dito de outra maneira sendo o PS como diz ser alternativa ao Governo as greves são boas para os trabalhadores e para a UGT quando também forem boas para o PS e são mas quando forem más para o PS.
Esta surpreendente e inovadora teoria sindical pela qual se rege a UGT e que seguramente não entusiasmará por aí além os trabalhadores portugueses merecerá certamente deles a adequada resposta.
Estamos convictos de que os alertas que vários sectores social democratas vem fazendo sobre esta mate na contribuirão para neutralizar ou minimizar os efeitos desta promiscuidade político sindical a que o Pais vem assistindo Os portugueses e os trabalhadores em particular podem estar seguros de que porque Jo jogo democrático de joga nas umas e não nas ruas co Par tido Social Democrata combaterá com coragem este indevido aproveitamento e continuará empenhado nas virtualidades do diálogo e da concertação social confiante de que os trabalhadores como no passado se revelem nele como o referencial de estabilidade e de esperança da construção de um Portugal onde valha a pena.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr Presidente: - Inscreveram se para formular pedidos de esclarecimento os Srs. Deputados António Guterres Carlos Brito e Nogueira de Brito.
Presumo que não cometo qualquer inconfidência ao pensar que o Sr Deputado Montalvão Machado é o membro mais idoso presente nesta reunião.

O Sr Montalvão Machado (PSD) - Não Sr. Presidente sou o menos novo.

O Sr. Presidente: - Peço então ao Sr. Deputado menos novo o favor de me substituir na presidência por uns momentos.
Para pedir esclarecimentos tem a palavra o Sr Deputado António Guterres.

O Sr. António Guterres (PS): - O Sr. Deputado Rui Salvada disse coisas tais que as tantas a meio da sua intervenção até a electrónica se revoltou.
Começo por sublinhar um aspecto que me parece lisonjeiro nas intervenções do PSD e que faz sempre elogios à liderança passada do Partido Socialista o que revela que o PSD tem um desajustamento de critérios isto é só reconhece o verdadeiro valor da liderança socialista alguns anos depois visto que enquanto os lideres socialistas estão no poder o PSD não perde nenhuma oportunidade para os zurzir com toda a violência. Quer isto dizer que todas as criticas que o PSD faz a liderança socialista são apenas criticas desfasa das no tempo sem terem por isso credibilidade. Mais tarde ou mais cedo o PSD reconhecerá os mentos da liderança socialista.
Gostaria ainda de sublinhar em primeiro lugar que o PSD está verdadeiramente em pânico porque entende que no momento em que surge uma coligação pontual para uma autarquia local - importante sem duvida' - a de Lisboa que importava salvar da situação de verdadeira tragédia em que vinha caindo nos últimos anos no momento em que surge uma coligação deste tipo é obrigação do povo português de norte a sul indignar se e verifica que assim não acontece. Isto porque o povo português acha perfeitamente natural que em circunstancias como aquelas que levaram o PSD no Algarve a juntar se ao Partido Comunista para formar uma comissão regional de turismo de acordo com as suas próprias orientações outros parti dos tenham em circunstancias semelhantes e em diferentes zonas do País políticas de alianças autárquicas que tem a ver com a defesa dos interesses dos respectivos cidadãos Como o PSD não consegue indignar o Pais protesta veementemente e agita permanentemente o espectro de uma frente popular que não existe nem existirá porque é contrária à estratégia política global do Partido Socialista.
Em segundo lugar penso que qualquer social democrata deveria reconhecer que e positivo e vantajoso que as centrais sindicais existentes num pais possam discutir possam ate concertar entre si estratégias de acção na defesa dos interesses concretos dos trabalhadores Se até hoje isso não aconteceu tal deveu se muito mais à intransigência da CGTP/Intersindical do que à da UGT como é bem conhecido.
É perfeitamente natural que face a ofensiva sistemática deste Governo em relação aos interesses dos trabalhadores - e não adianta fazer comparações com situações passadas em que o que esta a em causa eram conjunturas económicas profundamente diferentes como já várias vezes foi demonstrado - direcções de duas centrais sindicais possam discutir a situação e concertar esforços.
Deixemos de agitar papões e passemos a ter um discurso político normal e sereno' Passemos a encarar