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5244 I SÉRIE - NÚMERO 108

foram sempre as vozes do seu partido que nos habituámos a ir ou justificar essas situações. É bom não perder a perspectiva histórica porque senão perdermos fazer grandes confusões.
Finalmente uma última questão o Sr. Deputado Rui Salvada é um dirigente sindical conhecido. Não sente V. Ex.ª no movimento sindical ao qual pertence e do qual é dirigente uma maré de descontentamento que justifique os momentos de protesto a que estamos a assistir e já não falo dos concluios mais ou menos políticos? No que respeita á maré de descontentamento aos factos, que traduzem descontentamento não os sente como dirigente sindical? Ou a visão panglossiana do momento que estamos a viver é que transmitiu aquela que sente no pulsar diário do movimento sindical?
Fico muito agradecido se puder responder-me.

O Sr Presidente. - Para responder se assim entender tem a palavra o Sr. Deputado Rui Salvada.

O Sr Rui Salvada (PSD) - Começo por agradecer aos meus queridos colegas parlamentares a atenção que dispensaram a minha intervenção e indirectamente o algum mérito que reconheceram no texto.
Começando pelo fim portanto pelo Sr Deputado Nogueira de Brito e porque de algum modo embora estranhamente as questões que foram postas tem alguma convergência direi que a ideia de que dos sindicalistas são contestatários pela contestação isto é que são um contrapoder instituído é uma definição arcaica que não subscrevo. Penso que os sindicalistas modernos os homens que bem devem representar os interesses dos trabalhadores são aqueles que em cada momento avaliam concretamente as situações e quaisquer que sejam os governos desde que a política global seja favorável àqueles que eles representam eles devem tomar uma posição favorável em relação a esse tipo de decisões.
Aquilo que se contesta - e o Sr. Deputado Nogueira de Brito referiu com alguma subtileza a especial circunstancia de no governo do bloco central haver ministros do PSD - não é concretamente situação real vivida pelo país embora se possa não concordar com as medidas pontuai que foram tomadas (por exemplo que se saiba o imposto retroactivo não foi decidido pelo ministro do Trabalho) mas a postura da UGT que relativamente àquele momento e àquela fase histórica foi diferente da actual. Esse e que é o grande ponto. Se o Sr. Deputado tiver alguma ideia que explique porque é que a UGT toma uma posição de confrontamento total com o Governo neste momento e naquela altura tal como disse guardava de Conrado o prudente silêncio isso poderá ajudar-nos.
Por outro lado e dentro desta visão que referi em termos da postura sindical faceia política global se os Srs. Deputados Nogueira de Brito e António Guterres quiserem reparar verificarão que os trabalhadores melhoraram substancialmente a sua condição de vida tendo havido estabilidade no período entre 1985 a 1987. Isto enquanto a UGT adoptou em sede de Conselho de Concertação Social uma postura claramente divorciada de qualquer estratégia conjunta con» a CGTP/In em que a própria direcção se alista muita vezes se sentiu um pouco incomodada segundo rezam os códigos da altura por aquilo que se interpreta a muitas vezes como algum seguidismo do secretario geral da UGT ou da direcção da UGT em relação ao governo.
Estamos perante dois factos e duas realidades que não e meu discurso que os faz. Isto é quando a UGT divorciada da CGTP/In sem estes acordos globais que andam a fomentar tinha uma posturas de concertação social em relação ao Governo os trabalhadores viviam melhor tem .. diminuíram a partir do momento em que a CGTP/In entrou para o Conselho de Concertação Social aparentemente terá havido uma concertação política a nível partidário em que a experiência sindical CGTP/UGT preparava o terreno para qualquer outra coisa mas vimos assistimos desde essa data ao frenesim habitual de ameaças de greve geral a tensões sociais extremadas artificialmente Isto por que todos os indicadores são claros e concretos em relação ao bom desenvolvimento geral da economia do Pais. Aliás - e o Sr. Deputado Nogueira de Brito que é economista sabe isso talvez melhor do que eu - o ultimo relatório do Banco Mundial que está para publicação mas que os jornais já o referem é muito claro em relação a isso.
Ao Sr. Deputado António Guterres gostaria de dizer que é natural que tanto o Sr. Deputado como a direcção socialista queriam minimizar a aliança que - é público para nós- está a concretizar-se perante o País. É nesse sentido que interpreto a displicência a subvalorização dessa aliança. Na análise que eu quis expressar penso que devemos alertar a opinião pública e os portugueses e é isso que vimos fazendo para os perigos que essa aliança encerra e para o facto de o PS estar ao seu serviço para a conquista do poder.

Entretanto assumiu a presidência o Sr. Vice Presidente Ferraz de Abreu.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política tem a palavra o Sr. Deputado António Guterres.

O Sr. Carlos Brito(PCP):- Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Brito(PCP): - Sr. Presidente, gostaria de saber qual a ordem de inscrições.

O Sr. Presidente: - A ordem é a seguinte: PSD, PS, PCP, PRD e CDS.

O Sr. Carlos Brito(PCP: - Mas não foi essa a ordem que ontem resultou da conferência de líderes. Não faça questão disso, mas ontem ficou decidido que eu usaria da palavra em segundo lugar uma vez que eu me tinha inscrito em segundo lugar. De qualquer forma não faço questão apenas chamo a atenção para esse facto.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Carlos Brito informaram-me de que efectivamente V. Ex.ª tem razão.

O Sr. Carlos Brito(PCP): - Sr. Deputado usei da palavra apenas para esclarecer a minha posição mas não faço questão em que o Sr. Deputado António Guterres use primeiro da palavra.

O Sr. Duarte Lima (PSD): - O acordo já está a dar resultado.