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8 DE NOVEMERO DE 1989 319

Ha superestruturas pesadas, e no percurso entre amercadoria que chega ou que parte e o importador/exportador intervdm uma vastissima rode parasitária quo sepaga a si própña.

Ha urn demissionarismo progressivo da APDL, quemuitas vezes não dá resposta aos problemas, 0 que permite, por exemplo, que os operadores portuários exorbitemas suas prOprias funçes.

Ha uma fuga do Govemo as suas responsabilidades ea capitulaçao aos interesses dos > que dominamo comércio externo.

Ha uma divisAo de poderes entre as diferentes enddades que intervêm no porto de LeixOes, que Os trabalhadores tambérn rn jnteresse em discutir a luz dos diasde hoje,do interesse nacional e regional, do seu prdpriointeresse e em dar a sua opinião.

São estes problemas que, premeditadamente, são ignorados para que se mantenha tudo na mesma.

Diariamente, e ao longo dos anos, não ouvirnos outracoisa quo nAo seja: <> Isto d: o Governo, aAPDL e o patronato porturio responsabilizam, emabsoluto, os trabaihadores do porto de LeixOes por todosos males existentes, querern a sua cabeca e uma reestruturacão e direccao do desenvolvimento económico queofende os direitos e interesses dos trabaihadores.

Não d verdade que este porto seja o mais caro. NAosou eu quo o digo mas foi a prOpria administraçAo daAPDL que o afirmou, em reuniAo que teve comigo.

Porém, o porto do Vigo nAo ti altemativa ao do LeixOes. E isso pode ser confirmado polo clientes que virama sua mercadoria descarregada em Vigo.

Este porto espanhol, pela distância a quo fica e pelastarifas que pratica, näo é alternativa rentável ao de LeixOes, mas pode em certos momentos ser alternativa aopatronato portuário na sabotagem da lute dos trabaihadoresou para funcionar como elemento do pressão junto doGovemo.

Todo este problema precisa de ser discutido, mas, nestemomento, nAo acompanhamos quer as causas que radicamnos trabaihadores quer a opiniao do ((p01-to caro>> nem tAo-pouco a torapia quo querem receitar como boa.

Isto não significa quo nAo haja problemas quo precisam de ser resolvidos, e quo ate Os prtiprios sindicatosportuários o outras entidades roconhecem.

Pordm, rejoitamos que osto ângulo, quo tem custossociais elevados, seja o problema fundamental do portodo LeixOes o denunciamos a campanha em curso quo torno objectivo do esconder os reals propositos do patronatoportuno e de obrigar os trabaihadores a pagar exclusivamente a reestruturaçäo.

0 quo está em discussào d so os grandes interessesprivados do comCrcio extemo tomam ou näo conta detoda a exploracAo do porto de LeixOes, depois do conseguirem a concessAo exciusiva da TERTIR, do teremcriado grandes areas paralelas, como o SPC, ou Osgrandes entropostos de algodAo, como a TERNOR e aDALPOR.

A apetência pela formacAo dos grandes lobbies (gruP05 com grando poder econOmico, social e politico) e alute pela concessão e domInio das grandes areas daexploração portuária estAo na ordem do dii

o que virá a seguir? Projecta-se já uma reestruturacAopara a APDL quo prevê:

Urn terminal do contontoros sul (novo);Urn terminal do grandis liquidos a construir no

moihe sul (exterior) corn uma area portuáriacedida pela APDL para porto tie tanques e urnentreposto;concessAo do terminal de contentoros sul o doontroposto seria feito a emprosas mistas; a dosarmazdns existentes, a ernpresas privadas; a doterminal do granéis lfquidos, a uma empresa mistaou privada; a do terminal do cereals admite varias soluçOes;

0 terminal do contentores norto continuarä comoestá. E urn processo do conservar vivos os operadores quo nAo se associem aos concessionariosou outros que venham a surgir;

A A.PDL manterá a propriedade e a exploraçao dosguindastes;

A APDL não pensa investir em novos equipamontostie movimentaçao horizontal;

A prazo são cerca de 200 postos do trabaiho nestaarea quo desaparecem;

A APDL não adquirirá novas máquinas do garraspara movimentar madeiras.

Somemos a tudo isto a prática polItica da APDL, deentregar responsabilidades do reparaçOes, manutençäo,limpeza, soguranca, conservaçAo, electromecânica, etc.,quo sempre foram suas, a empresas privadas e de,inversamento, ter-se desenvolvido no porto tie Leixöestoda uma area de ocupaçAo do pequenas ernpresas, empreiteiros, corn o recurso a tarefeiros em trabalho ocasional o precário, corn poucas ou nenhumas regaliassociais e submetidos a grande exploracAo.

Face a esta reestruturacAo o a extinçAo progrossiva dasoficinas de manutençAo o do outras areas e servicos, quoperspectivas tern os trabalhadores da APDL relativarnenteao seu futuro?

Caminhamos ou nAo, a curto prazo, para o desenvolvimento dos processos do reforrnas compulsivas atravéstie incentivos de vária ordem?

H ou nAo estratégia global, a curto prazo, e dofinhamenLo do papel da APDL corn a entrega da sua exploração aos privados o do reestruturar pela chamada <> do pessoal?

Mas o dinheiro quo nAo aparece hoje para renovar oequipamento, para adquirir o indispensável e para melhorar o nIvol de vida dos seus trabaihadores, nessa altura näo ira faltar, para mandar os trabaihadores emborapara casa.

Esta reestruturaçAo nAo so destina a enfrentar solucOespara resolver os reais problemas do porto de LeixOes. E,antes, a cedência do Govemo Cavaco SiIvtVPSD as exigCncias dos grandes interesses privados do comércioexterno.

Näo ira ser urn processo pacIfico mesmo dentro dosoperadores portu&irios.

E urn processo do concontraçAo capitalista quo está emcurso, para entrogar a exploraçao portuária apenas aosgrandes.

Nesta poiltica do interosses Os pequenos operadores irãotambdrn a falência e nAo torAo direito a pane nenhurnado bob.

Os protensos salvadores do Porto do LeixOes (GrupoSonae e Amorim, entre outros), aparecerAo entAo depoisa repartir o bob.

A

l) to)