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1462 I SÉRIE - NÚMERO 40

que os líderes actuais. É, pois, no fundo, uma alternativa que, por um lado, se esconde atrás de uma sigla que não se atreve nem a assumir nem a renegar.
Na verdade, VV. Ex.as são uma espécie de "faz-de-conta". Aquilo que se poderia dizer que, na primeira vez, foi um tanto dramático mas não chegou a ser trágico, agora arrisca-se a ser uma comédia que pode chegar a farsa.
Do ponto de vista substancial, VV. Ex.as também se revelaram imediatamente

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Quando é que isso foi escrito? Foi escrito em 1979?!

O Orador: - O vosso parceiro entende que VV. Ex.as já não se conseguem defender sozinhos. É de louvar essa solidariedade! Na verdade, VV. Ex.as combinam duas insuficiências: por um lado, não se atrevem á enfrentar sozinhos o Partido Socialista, no que são acompanhados por aqueles

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Sr. Deputado, agradeço-lhe que termine, pois já ultrapassou o seu tempo.

O Orador: - As questões que eu gostaria de colocar, em termos globais e que, de certo modo, são a demonstração, por contraste, daquilo que V. Ex.ª disse, são no
sentido de saber se pensa que o Primeiro-Ministro de Portugal, se o Governo tivesse a prática que V. Ex.ª descreveu, seria tão requisitado para vir a liderar a Comissão Europeia. Considera que os países, europeus são
tão distraídos que convidariam para encabeçar a Comissão Europeia alguém que estivesse num governo e que tosse o que o Sr. Deputado disse?

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - Onde é que está o convite? Quem convidou quem?

O Orador: - Tenham calma, tenham calma!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Orador: - A segunda questão que lhe queria colocar é a seguinte: recorreria o PSD à Alternativa Democrática se tivesse um arremedo de esperança de poder,
sozinho, desafiar o PS nas próximas eleições?

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Ferreira do Amaral.

O Sr. Ferreira do Amaral (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado, vejo que teve a premonição do que eu ia dizer à Câmara, porque as perguntas já vinham escritas e, naturalmente, já sabia que perguntas havia de fazer sobre
a minha intervenção.
Quanto à primeira questãão, sobre a Europa, devo dizer que o Sr. Deputado acaba por responder à mesma no fim.

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Não fale muito da Europa!

O Orador: - Na realidade, o Sr. Primeiro-Ministro não resolve os problemas que há em Portugal, o que o Sr. Deputado não contestou, mas faz discursos sobre a Europa. Julgo que não é isso que os portugueses esperam da sua atitude, gostaríamos muito que fizesse o discurso da Europa, sim, mas que resolvesse os problemas de cá!
Sr. Deputado, permita-me que faça uma reflexão sobre a atitude do Partido Socialista três anos e meio depois de estar no Governo. De tacto, o que o poder vos fez, Srs. Deputados! Os senhores entraram nesta Câmara e neste Governo com sonhos, alguns dos quais partilhados por toda a Câmara, devo dizer, com objectivos, com métodos novos e propostas novas e, rapidamente - mais rapidamente do que se esperaria -, o poder degradou-vos.
Na realidade, hoje, os Srs. Deputados já não pensam mais nada, o Partido Socialista já não pensa mais nada, já não propõe metas, já não propõe objectivos, muito menos, sonhos, o que propõe é manter-se a si próprio, o mais tempo possível.
Sr. Deputado, isto é o contrário da Alternativa Democrática. O que nós propomos é uma nova meta, uma nova fronteira aos portugueses. E sabe como é que se revela melhor essa sua atitude, Sr. Deputado? É que os senhores já não contestam as propostas que a Alternativa Democrática faz e as soluções que propõe - já não contestam!

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Quais são?

O Orador: - O que contestam é que haja alternativa, porque os Srs. Deputados já ficam incomodados pelo simples facto de haver uma alternativa ao vosso poder cor-de-rosa, hoje em dia, em Portugal. Vai haver, Srs. Deputados, e, pior do que isso, as más notícias que trago aos Deputados socialistas são as seguintes: é que vai haver essa alternativa e os portugueses vão preferi-la!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Srs. Deputados, terminámos o período de antes da ordem do dia.

Eram IS horas e 40 minutos.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Srs. Deputados, vamos iniciar a discussão, na generalidade, do projecto de lei n.º 600/VII - Aceleração de processo judicial atrasado (PSD).
A Mesa gostaria de saber quem se inscreve para iniciar o debate.

Pausa.

Srs. Deputados, sendo o projecto de lei do PSD, deve ser este partido a iniciar o debate, mas se ninguém se inscreve, terei de suspender a sessão.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - E isto é para a aceleração do processo!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Srs. Deputados, ou interrompemos os trabalhos ou o PSD desiste de apresentar este projecto de lei.

Pausa.