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16 I SÉRIE — NÚMERO 84

sição de novo material circulante, de maneira a que o Me- Matias. tro do Mondego possa dar a ilusão de que poderá vir a ser uma realidade? O Sr. Joaquim Matias (PCP): — Sr. Presidente, Sr.

Secretário de Estado Adjunto e dos Transportes, eu estava Vozes do CDS-PP: — Muito bem! a ouvir os objectivos da coesão nacional traçados por V. Ex.ª e não pude deixar de trazer à minha memória aquela O Sr. Presidente (João Amaral): — Para pedir esclare- pergunta que, no meu tempo, se fazia nos exames da 4.ª

cimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado Castro classe: «Ora diga lá, está aqui no Barreiro e quer ir para o de Almeida. Marvão, como é que faz?» É que, nesse tempo, Sr. Secre-

tário de Estado, o caminho-de-ferro chegava a quase todas O Sr. Castro de Almeida (PSD): — Sr. Presidente, Sr. as aldeias do País…

Secretário de Estado Adjunto e dos Transportes, gostava de lhe colocar três conjuntos de questões no pouco tempo O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): — É verdade, sim que tenho. senhor!

O primeiro tem a ver com a modernização da Linha do Norte. Em relação a esta situação gostava de saber o se- O Orador: —… e, para as que ele não chegava, havia guinte: qual é o estado actual da obra? Qual é a percenta- um serviço combinado com a CP, isto é, estava obrigato-gem do projecto que está executada e qual é, neste momen- riamente na estação uma camioneta que levava as pessoas to, o montante do investimento que está gasto na moderni- a essas aldeias. Ora, a essas aldeias chega-se agora em zação da Linha do Norte? Quando é que este projecto transporte individual e por estradas péssimas, depois de estará terminado e quanto é que ele custará no final? E passar os primeiros quilómetros de auto-estrada que existe qual vai ser, nessa altura, a duração do percurso Lis- no litoral. Esta é a única forma de se chegar a essas boa/Porto em comboio? aldeias, e isto não é coesão nacional.

O segundo tem a ver com a discussão que o Governo Há mais de 1000 km de rede de via férrea abandonada está agora a lançar sobre uma rede ferroviária de alta velo- e mais de 400 estações encerradas. cidade em Portugal. Não acha o Governo que era altura de Sr. Secretário de Estado, mas, entretanto, desmembrou-pôr à discussão um plano ferroviário nacional, à semelhan- se a CP em várias empresas. Até o eixo ferroviário nor-ça do Plano Rodoviário Nacional, que está feito e que o te/sul tem umas oficinas próprias. A CP agora é indepen-País aprovou com grande consenso nacional? Não acha dente da EMEF! Mas comprou-se um pendular — e, já que era altura de pôr à discussão o plano ferroviário, como agora, gostaria de saber quem é que o vai reparar, uma vez questão prévia à discussão do comboio de alta velocidade? que o pessoal da EMEF não recebeu formação técnica para Como é que o Governo pensa enquadrar um investimento o efeito —, e este, quando chegou a Portugal, não tinha de milhares de milhões de contos, pelo menos de 1560 carris adaptados às suas características e, por isso, teve, e milhões de contos, mas será mais, com certeza, sem um tem, de se comportar como um comboio normal. plano ferroviário global? Sr. Secretário de Estado, a Linha do Norte é, de facto, a

O terceiro, mais preciso, tem a ver com o meu distrito e espinha dorsal do nosso sistema ferroviário. E não é só a com o seu interesse particular e diz respeito à ligação fer- linha Lisboa/Porto, são todas as linhas onde circulam os roviária ao porto de Aveiro. Esta ligação vai ou não avan- intercidades e onde circulam as mercadorias. Pergunto: çar? E, já agora, um pequeno detalhe, Sr. Secretário de quando é que vai terminar a Linha do Norte? Mas é mes-Estado: estando previsto no vosso programa uma estação mo terminar, não é fazer que termina e deixar a coisa mais de paragem do comboio de alta velocidade em Aveiro e a ou menos remediada! E, se vai terminar, quanto vai custar? ligação Aveiro/Salamanca em alta velocidade, e admitindo, Já agora, para terminar, Sr. Secretário de Estado, qual é de acordo com o Sr. Presidente da RAVE, que o comboio a influência do desmembramento da CP para a descoorde-de alta velocidade é para transporte de mercadorias… nação destas obras entre a rede e a operação?

O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): — Não pode ser! O Sr. Presidente (João Amaral): — Para pedir esclare- cimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado Luís O Orador: —O Sr. Presidente da RAVE diz que é! Fazenda.

Mas vamos discutir isso a seguir. Como eu estava a dizer, admitindo que o comboio de O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr.

alta velocidade é para transporte de mercadorias, a liga- Secretário de Estado Adjunto e dos Transportes, gosto ção do nó da estação de Aveiro ao porto de Aveiro será muito de o ouvir ler documentos que pretendem ser em bitola ibérica ou em bitola europeia? É muito impor- estratégicos, em versão abreviada, mas não iria tão longe tante obter a sua resposta a esta questão, Sr. Secretário de como aqui já aconteceu, perguntando-lhe pelo plano Estado. ferroviário nacional.

Li atentamente aqueles documentos que vieram a pú-O Sr. Lino de Carvalho (PCP): — Eu também quero blico da sociedade da rede de alta velocidade e por eles

um TGV lá no meu bairro! entendi que há uma opção estratégica pela transformação da actual rede, considerada obsoleta, por uma rede estrutu-O Sr. Presidente (João Amaral): — Para pedir esclare- rante de passageiros e mercadorias. Mas, como também é

cimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado Joaquim sabido que o transporte em alta velocidade não pode ter