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12 I SÉRIE — NÚMERO 84

quero é que o Sr. Secretário de Estado me fale sobre o questão do hospital não pode ser considerada de forma novo hospital, perguntando-lhe de novo – mas peço-lhe isolada, pergunto, para quando o cumprimento das pro-uma resposta concreta – o seguinte: o Sr. Secretário de messas de construção e melhoria das condições de presta-Estado considera natural que, para fazer o hospital de ção de cuidados de saúde nos centros de saúde e exten-Cascais, o Governo tenha que autorizar, em conjunto com sões? a Câmara, a desanexação de terrenos, alguns hectares da RAN e da REN, e que seja necessário construir 3500 fo- O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem! gos?!

O Sr. Secretário de Estado sabe o que são 3500 fogos? O Sr. Presidente (João Amaral): — Tem, agora, a pa-Sabe o que é que isto significa em termos de mancha de lavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.. população, em termos de capacidade de escoamento de trânsito, em termos de levar ao caos mais uma zona de O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presiden-Cascais, a tal zona de Tires, que já está muito saturada? te, Sr. Secretário de Estado, Os Verdes consideram inques-

tionável a necessidade da construção do novo hospital, no O Sr. Presidente (João Amaral): — Tem a palavra a entanto questionamos a sua localização, porque ela se

Sr.ª Deputada Natália Filipe. integra numa área da Reserva Ecológica Nacional. O que gostaríamos de saber é se o Governo, ou, mais A Sr.ª Natália Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Se- concretamente, o Ministério da Saúde, juntamente com o

cretário de Estado dos Recursos Humanos e da Moderni- Ministério do Ambiente (uma vez que é um despacho zação da Saúde, os problemas relativos aos cuidados de conjunto), procederam a estudos que permitam concluir saúde no concelho de Cascais não são de agora, importan- que, em rigor, não há alternativas à localização do novo do aqui também sublinhar que as responsabilidades têm de hospital que não seja na área da Reserva Ecológica Nacio-ser imputadas quer aos sucessivos governos do PSD, quer nal. ao próprio Partido Socialista.

Os equipamentos são poucos, há falta de médicos e en- O Sr. Presidente (João Amaral): — Para responder, fermeiros, os centros de saúde e as extensões são insufi- tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Recursos cientes, estão distribuídas de forma desequilibrada e não Humanos e da Modernização da Saúde. acompanham, nomeadamente, o desenvolvimento urbano e o crescimento demográfico do concelho e há muito que a O Sr. Secretário de Estado dos Recursos Humanos e da construção de um novo hospital em Cascais constitui, Modernização da Saúde: — Sr. Presidente, Sr. Deputado efectivamente, uma aspiração da população. Rui Gomes da Silva, à pergunta sobre a notícia de que me

falou dou-lhe uma resposta simples: não li a notícia, não O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem! conheço, não poderei comentar. Não sei, neste momento, de articulação alguma para A Oradora: —O Hospital Conde Castro de Guima- esse efeito. Como não conheço, se não se importa não vou

rães há muito que esgotou as suas capacidades e está no comentar. limiar da ruptura funcional, sendo incapaz de dar uma Quanto aos lançamentos das primeiras pedras, prova-resposta cabal às populações que a ele recorrem. velmente, se isso é um pecado, como me pareceu querer

A construção do novo hospital tem constituído o dizer, eu diria que outros pecados se têm cometido ao exemplo claro de promessas não cumpridas, Sr. Secretário longo do tempo. de Estado. Inclusive, no Orçamento do Estado, já esteve prevista uma verba para a sua construção e que hoje é uma O Sr. António Filipe (PCP): — Também é verdade! miragem.

Para o PCP e a CDU a exigência de um novo hospital O Orador: —Gostava de dizer-lhe, por exemplo, que não é de agora, já o é há mais de 20 anos. O Governo do num hospital que eu conheço, o hospital de Tomar, cuja Partido Socialista e o grupo parlamentar que o sustenta têm decisão de construção competiu à ex-Ministra Leonor sistematicamente rejeitado as propostas do PCP de melho- Beleza,… ria das infra-estruturas no concelho de Cascais.

Em Abril de 2000, faz precisamente um ano, o Ministé- O Sr. Manuel Moreira (PSD): — É um grande hospi-rio reconheceu as justas aspirações da população de profis- tal! sionais e dos dirigentes e autarcas da CDU e prometeu o andamento rápido da situação, assim como a construção de O Orador: —… a primeira pedra foi lançada pelo ex-centros de saúde no Estoril, S. Domingos de Rana e Alca- Ministro Arlindo de Carvalho, a segunda pedra foi lançada bideche. E que fez este Governo do Partido Socialista? pelo ex-Ministro Paulo Mendo, o edifício foi lançado pela Nada! Inclusive, ainda não conseguiu a melhor forma de ex-Ministra Maria de Belém Roseira e será terminado pela «plantar enfermeiros». Mas prepara-se para transformar as Ministra Manuela Arcanjo. promessas de todos estes anos, mais uma vez, numa ban- Sr. Deputado Sr. Deputado Rui Gomes da Silva, a deira eleitoralista e num negócio para os «barões» que se questão concreta está na decisão se construímos o hospital movimentam no sector da saúde. de Cascais ou não. A decisão está tomada: será construído.

Afinal, Sr. Secretário de Estado, qual é a programação em equipamentos de saúde para o concelho? Visto que a Protestos do PSD.