O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 DE MAIO DE 2001 21

nas aldeias de Portalegre ou de Castelo Branco, onde não guma coisa a dizer sobre isto mas não se percebe por quem há transporte para ir à sede do concelho tratar do bilhete de diz e como diz. Vai organizando fugas de informação para identidade, reclama-se a passagem do TGV! Discute-se em a comunicação social; o Sr. Presidente da RAVE vem à grande. Não se fala da Linha do Norte, nem da Linha da Comissão «deixar cair» que há 400 milhões de contos Beira Alta ou da Beira Baixa, nem da Linha do Minho, gastos em perda! fala-se do TGV e fala-se em 1500 milhões de contos! Isto Ora, se o Governo não esclarecer isto (tendo em conta é discutir em grande, é discutir estratégica! que esta foi uma questão levantada pelo próprio Governo,

Indubitavelmente, a linha de alta velocidade, de bitola pelo então Ministro Jorge Coelho em Novembro de 1999, europeia, de ligação de Portugal a Espanha, é extremamen- em Comissão, e a quem o CDS-PP respondeu que, se ela te necessária. Mas o que também é extremamente necessá- não fosse esclarecida em tempo útil, acabaria em inquérito rio é a adaptação progressiva e rápida não à rede espanhola parlamentar), nós renovamos hoje esta proposição. Gosta-mas da nossa rede a essa rede! A questão que coloco, é ríamos que o Governo esclarecesse bem como é que o esta: como é que se faz esta adaptação? Isto é ou não con- dinheiro foi gasto, por que é que foi gasto dinheiro a mais, dicionante do projecto? e se foi em pura perda, porque, se foi, teremos o Governo a

Já agora, Sr. Secretário de Estado, uma outra questão: responder aqui, em sede de Comissão. com o comboio de alta velocidade Lisboa/Porto, de Lis- boa/Madrid, de Porto/Madrid, qual é a correcção necessá- O Sr. Presidente (João Amaral): — Sr. Deputado, tem ria no tráfego do aeroporto de Lisboa? Continua a justifi- de concluir. car-se o investimento de 800 ou 900 milhões de contos? Não estou a pôr em dúvida, Sr. Secretário de Estado, estou O Orador: —Vou concluir, Sr. Presidente. a perguntar! Continua a justificar-se? Continua a haver o Finalmente, porquê a mudança de projecto? Terá sido mesmo tráfego? As pessoas, em vez de uma viagem, vão por mudança ministro? Temos a suspeita de que não foi fazer duas: uma de combóio e outra de avião?! isto. Suspeitamos de que a mudança de projecto foi para,

por esta porta, tornar inevitável e irreversível a opção da Vozes do PCP e do BE: — Muito bem! construção de uma terceira ponte. E, a ser assim, não são mais 1000 milhões de contos mas, sim, 2000 milhões de Risos do PSD e do CDS-PP. contos! A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Boa pergun- Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

ta! O Sr. Presidente (João Amaral): — Tem a palavra a O Sr. Presidente (João Amaral): — Tem a palavra o Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

Sr. Deputado Manuel Queiró. A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presiden-O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. te, Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Transportes,

Secretário de Estado Adjunto e dos Transportes, porquê o pena é que, de facto, a estratégia nacional do Governo não TGV? O Sr. Secretário de Estado quase respondeu anteci- passe por um investimento sério na rede ferroviária nacio-padamente: para fazer política! Para fazer política! Falou nal convencional, que, de facto, nesta ordem de ideias, o de política, falou dos líderes partidários, falou dos parti- investimento seja tão tímido e que, tal como o Conselho dos! Mas não é para resolver o problema da nossa rede Económico e Social afirmava, o Governo permita um ferroviária. Isto é um pouco como se nós não tivéssemos aumento tão brutal no investimento em transporte de alta uma rede de transporte aéreo e nos puséssemos aqui a velocidade. O Sr. Secretário de Estado fez aqui um grande discutir o Concorde para Portugal! discurso sobre um projecto tão fundamental para a nossa

Sr. Secretário de Estado, quanto ao TGV para transpor- estratégia nacional, sobre os timing necessários a cumprir, te de mercadorias, não! Do nosso ponto de vista, não! Pela mas, afinal, não explicou, de modo algum, o que o TGV mesma razão por que não se transportam mercadorias no vai servir — e é isto que importa perceber, porque é a Concorde. A ligação de alta velocidade é, em primeira partir daqui que a discussão também de faz. linha, para os passageiros que podem gastar muito dinhei- Por outro lado, importa também perceber que opções se ro. Na grande parte da rede europeia já em funcionamento, vai estudar em termos de avaliação de impacte ambiental. vendem-se bilhetes a turistas americanos! E se as ligações Não estou a perguntar se a avaliação de impacte ambiental de alta velocidade que importam são as de Lisboa/Madrid se vai fazer, estou a querer perceber que opções se vão e Porto/Madrid, que se façam, mas façam-se pelo percurso estudar com a avaliação de impacte ambiental. Na nossa mais económico e mais curto. Porque a primeira linha de perspectiva, Sr. Secretário de Estado — e não estou a falar alta velocidade em vigor em Portugal é a Linha do Norte. de traçados —, a opção pelo TGV tem de depender, neces-É a Linha do Norte! As obras que se estão a fazer, há uma sariamente, de uma avaliação de impactes ambientais, mas década, na Linha do Norte, entre Lisboa e Porto, são para não só, também tem de depender da análise dos seus custos construir uma linha de alta velocidade. ambientais e socioeconómicos.

Sobre isto, Sr. Secretário de Estado, a resposta a estas e outras perguntas tem sido largamente insuficiente. É preci- O Sr. Presidente (João Amaral): — Para responder, so que o País perceba por que é que se gastaram milhões tem a palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos de contos (são centenas e não dezenas de milhões de con- Transportes. tos!), e se planeia continuar a gastar. O Governo tem al-