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20 I SÉRIE — NÚMERO 84

Europa, mas, sendo esse projecto economicamente funda- mental, envolve custos elevados. E reparem que os estudos O Sr. António Saleiro (PS): — Ainda bem! apresentados pela RAVE…

O Orador: —… eles defendiam uma ligação a Ma-O Sr. Presidente (João Amaral): — Sr. Secretário de drid, VV. Ex.as defendem duas ligações;…

Estado, terminou o tempo de que dispunha. O Sr. António Saleiro (PS): — Ainda bem! O Orador: —Muito obrigado, Sr. Presidente. O Orador: —… eles defendiam uma rede de 550 mi-Aplausos do PS. lhões de contos, VV. Ex.as defendem uma rede de 1560 milhões de contos, ou seja, mais 1000 milhões de contos. O Sr. Presidente (João Amaral): — Para pedir esclare-

cimentos adicionais, estão inscritos os Srs. Deputados Luís O Sr. António Saleiro (PS): — Mais linhas, mais di-Fazenda, Castro de Almeida, Joaquim Matias, Manuel nheiro! Queiró e Heloísa Apolónia.

Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda. O Orador: —Assim, a pergunta que lhe faço, Sr. Se- cretário de Estado, é a seguinte: esta alteração tão radical O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr. Secre- foi uma alteração de natureza técnica ou foi uma opção de

tário de Estado Adjunto e dos Transportes, a questão não natureza política? O que é que mudou? Foram os técnicos pode ser colocada como o Sr. Secretário de Estado a colo- ou os políticos que mudaram de opinião? cou. Pela nossa parte, até gostávamos de ter uma base Em segundo lugar, pergunto-lhe o seguinte: esta altera-aeroespacial, um porta-aviões, etc., mas não é isto que está ção de mais 1000 milhões de contos no custo da rede está em causa, o que está em causa é este projecto concreto. suportada naquelas oito páginas que foram entregues pelo

Mas vou repetir as perguntas que lhe fiz: por que é que, Sr. Presidente da RAVE à Comissão de Equipamento em pouco tempo, se passou de um determinado projecto de Social ou há algo mais do que aquelas oito páginas a sus-TGV para outro? O que é que fundamentou esta alteração tentar uma mudança de posição que custa 1000 milhões de de perspectiva, com os inerentes aumentos de gastos que contos? Sr. Secretário de Estado, peço-lhe que, se houver têm vindo a público, em termos de investimento? algo mais do que essas oito páginas, faça o favor de forne-

Por outro lado, pergunto-lhe ainda: porquê a opção cer ao Parlamento, à Comissão de Equipamento Social, pelo TGV de mercadorias? Como é que isto se articula esses estudos que fundamentem essas opções. Quero acre-com a rede de média dimensão? Como é que se perspecti- ditar que haja algo mais do que as oito páginas! va, por exemplo, no troço Lisboa/Porto, o número de para- Em terceiro lugar, o Sr. Presidente da RAVE disse que, gens? Quantas paragens vai ter este transporte? É que há do ponto de vista dele, não se justificaria a alta velocidade estudos diversos sobre a rentabilidade técnica desse com- se não fosse também para transportar mercadorias. Pergun-boio, consoante o número de paragens. Será que vale a to-lhe: é também este o seu ponto de vista? Se não for para pena esse tipo de investimento? transportar mercadorias, não faz sentido a alta velocidade?

Faço-lhe estas perguntas não para estabelecermos uma Quero dizer-lhe ainda que ouvi as referências que V. discussão algo diluída de conteúdo sobre se queremos ficar Ex.ª fez à intervenção do Dr. Durão Barroso, e, como orgulhosamente sós no canto da península Ibérica ou se tenho comigo o texto completo da conferência de imprensa nos queremos ligar à Europa. Não é isto que está em dis- que ele deu a este respeito, vou ler-lhe a parte respectiva. cussão, porque, como sabe, também há especialistas que Diz ele: «se vier a confirmar-se a opção por duas ligações têm vindo a defender a modernização e o aprofundamento a Madrid, uma a partir de Lisboa e outra a partir de Por-da rede ferroviária tradicional e há posições diferentes em to/Aveiro, é fundamental que as duas ligações se façam relação à forma faseada de se alterar a bitola existente em simultaneamente». Foi este o texto da intervenção do Dr. Portugal e às redes de acesso. Durão Barroso, que subscrevo completamente, e, deixe-me

Portanto, Sr. Secretário de Estado, e peço-lhe que não dizer-lhe, todo o norte e centro do País subscrevem esta me leve a mal, gostaria que agora fizesse menos discurso posição; eu diria, qualquer pessoa sensata subscreve esta político, no sentido de que vamos ter esta opção estratégica posição. nacional, e que explicasse esta opção. Gostaria que nos explicasse como se gasta, como se faz, como se interliga e O Sr. Presidente (João Amaral): — Tem a palavra o por que é que se mudou de opinião. Considero que temos o Sr. Deputado Joaquim Matias. direito de entender isso!

O Sr. Joaquim Matias (PCP): — Sr. Presidente, Sr. O Sr. Presidente (João Amaral): — Tem a palavra o Secretário de Estado Adjunto e dos Transportes, digamos

Sr. Deputado Castro de Almeida. que «chumbou» na matéria ferroviária! Nem sabe como é que se vai para o Marvão; nem sabe quanto é que custa a O Sr. Castro de Almeida (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Linha do Norte; nem sabe como é que se faz a manutenção

Secretário de Estado Adjunto e dos Transportes, os dois dos pendulares! Mas, em matéria de TGV, terei de dar os Ministros que antecederam o Ministro Ferro Rodrigues parabéns ao Governo, e terei de o fazer, porque, com os defendiam duas ligações a Espanha, VV. Ex.as, agora, projectos de João Cravinho, de Jorge Coelho e de Ferro defendem quatro;… Rodrigues, agora, no Porto ou em Coimbra, mas também