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26 I SÉRIE — NÚMERO 86

e desenvolvimento nas empresas cresceu 70% entre 1995 e crático!… 1999; o número de investigadores nas empresas cresceu 82% entre 1995 e 1999. Não estamos a preparar as coisas Aplausos do PS. só para os nossos governos mas, sim, para o futuro, esta- mos a procurar desenvolver toda esta capacidade científica Quanto às soluções propostas, é bom que, com base e tecnológica nacional. nos estudos e elementos disponíveis, a opinião pública e as

Não são agências de cúpula o que queremos criar, o diferentes forças sociais, políticas e económicas apresen-que queremos é desenvolver as bases sólidas que permitam tem as suas ideias e projectos, digam o que querem e não apoiar científica e tecnologicamente a capacidade de con- só o que não querem. trolo da qualidade e de produção com qualidade de servi- Quanto a nós, não queremos, certamente, um País me-ços, bens e produtos do nosso país. É isso o que queremos! nos desenvolvido e economicamente periférico. Queremos,

sim, utilizar ao máximo as nossas potencialidades para Aplausos do PS. económica e politicamente superarmos as condições geo- graficamente periféricas em termos europeus, tirando par-A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Agora é que tido também de sermos um País atlântico, estando nós na

o senhor falou bem! capital atlântica da Europa e procurando estarmos econo- micamente integrados no núcleo duro do desenvolvimento O Orador: —Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. da União Europeia.

Membros do Governo: Na aridez das discussões do Orça- Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Go-mento do Estado, um ou outro cidadão não terá reparado verno: A questão aqui hoje levantada não é só ideológica, que as medidas fiscais adoptadas na legislatura anterior nem de estratégia política, nem de modelo de sociedade e funcionaram também como um elemento encorajador neste de economia, mas também o é. domínio. A proposta do PCP confronta-nos com o debate de du-

Não tencionava tratar este assunto, mas como fui con- as concepções diferentes da sociedade e da economia mo-vidado a fazê-lo, tratá-lo-ei sinteticamente. Refiramos, a derna. A proposta do PCP e a maneira como a interpelação propósito da intervenção do líder do PCP, o Sr. Deputado foi apresentada podem ajudar a esclarecer alguma ambi-Carlos Carvalhas, que nos honrou hoje com uma interven- guidade que ainda existisse da própria leitura do Avante e, ção, que não consideramos que o TGV seja um projecto enfim, de alguma parte do debate. megalómano.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): — Olhe que deve ser A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Não! ambiguidade do Governo! O Orador: —Parece-nos indispensável para estabele- A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Mas que

cer correctas e adequadas ligações com a Europa central e baralhada! ocidental.

O Orador: —Sob a capa da defesa dos interesses dos Vozes do PCP: —Não é isso! cidadãos, da segurança alimentar e da prestação dos mais variados serviços, estamos convencidos que não estará a O Orador: —Não estou a dizer que o Sr. Deputado espreitar um modelo estatista, que implodiu ou se desmo-

Carlos Carvalhas disse isso; estou a dizer o que pensamos. ronou em quase todo o mundo, que ficou acantonado nal- gumas zonas do globo. Esperemos que não seja isso. Risos. Queremos crer que não é isso o que o PCP quer, que aceitará a perspectiva das responsabilidades reguladoras do Mas fico satisfeito com a maciça confirmação por parte Estado, sem se confundir, necessariamente, esse papel

da direcção do PCP de que não pensa isso. Pode haver regulador do Estado com o papel de dono dos meios de alguém perdido por aí que pense isso, mas logo veremos... produção, mas sem esquivar as suas responsabilidades

Como estava a dizer, o TGV parece-nos indispensável quando é necessário que o Estado seja accionista ou dono para estabelecer correctas e adequadas ligações com a de algumas empresas. Nem esquecendo, de maneira ne-Europa central e ocidental, a menos que se queira aumen- nhuma, a especial responsabilidade de um estado moderno, tar o grau de periferização económica do nosso país no com uma administração eficaz em domínios relevantes, quadro de uma União Europeia que se renova e se desen- nomeadamente em áreas sociais como a saúde, a educação, volve. a protecção e a segurança social, neste último caso, obvia-

Não é estranho eu dizer isto, porque já vi escritas ex- mente, com a forte participação dos trabalhadores. plicações de pessoas (verifiquei as assinaturas e, por isso, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Go-penso que não se trata de lapso gráfico) que defendem que verno: A terminar, volto a sublinhar que, como já referi, há um país como o nosso não precisa de TGV. Também hou- ainda muita coisa a fazer. Na generalidade, já está progra-ve pessoas que se opuseram à ponte 25 de Abril e à ponte mada e certamente é possível ser melhorada, mas poderá Vasco da Gama. Há sempre gente para se opor seja ao que ser desenvolvida, aperfeiçoada e melhorada com o contri-for! Até houve quem se opusesse aos descobrimentos!… buto de VV. Ex.as, ilustres colegas, e do conjunto de cida-Até houve quem se opusesse ao 25 de Abril!… Diziam que dãos, entidades e organizações interessadas deste país. não tínhamos condições para funcionar como País demo- Podem contar connosco, Deputados do PS, para, seria-