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8 I SÉRIE — NÚMERO 87

O Orador: — Comprometer o futuro das novas gera- aeroportos, por forma a acompanhar a evolução da procu-ções resultaria da decisão de lhes negar os instrumentos ra. Recordo que, em 2000, o crescimento do tráfego foi de para o seu desenvolvimento, não o contrário. 8,6% a nível nacional. O aeroporto da Portela ultrapassará,

este ano, os 10 milhões de passageiros. A modernização e Protestos da Deputada do PSD Manuela Ferreira Leite. ampliação das instalações dos aeroportos Sá Carneiro, Portela, Faro, traduzem um investimento superior a 80 Quero deixar bem claro que a opção de ter lançado vá- milhões de contos, até 2003. Concluímos também as obras

rios concursos públicos internacionais para a concessão da de renovação integral do aeroporto da Santa Catarina, no concepção, construção, financiamento e exploração de Funchal. diversos lanços de auto-estrada sem custos para o utiliza- Mas é evidente que, se queremos manter-nos vivos no dor, foi para nós a opção correcta, e manter-se-á. Com esta mercado do transporte aéreo de passageiros e de mercado-opção, conseguiremos, em oito anos, construir 1400 km de rias, à escala mundial, não poderemos relativizar a impor-auto-estrada,… tância estratégica do novo aeroporto de Lisboa, na Ota.

Este será um importante investimento, mas que fique claro Protestos da Deputada do PSD Manuela Ferreira Leite. que se trata de algo mais do que um simples aeroporto. Para quem invoca, na discussão pública, os exemplos da

… o que não seria possível, com recurso apenas a investi- Europa ou dos EUA, não poderá desconhecer que os aero-mento público, em 20 ou 25 anos. portos modernos são hoje verdadeiras plataformas de ser-

viços, escalas de oportunidades de negócios e factores de A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Exacta- desenvolvimento regional e nacional.

mente!No subsector ferroviário, a prioridade recai no fecho da rede no eixo Norte-Sul. E a razão é séria. Não nos O Orador: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: esqueçamos de que não dispomos de uma continuidade

Há que ser claro nesta matéria. Portugal enfrenta dificul- entre o Norte e o Sul em termos da rede ferroviária do dades estruturais que este Governo nunca escondeu e que país, que, em articulação com a modernização Lis-se expressam no enorme desafio que os portugueses vivem boa/Algarve, permita que a ferrovia se apresente compe-neste tempo de mudanças: o desafio de fazermos, em para- titiva neste mercado. lelo e em tempo curto, o que outros fizeram em outro tem- po e com mais tempo, ou seja, completar as infra- Vozes do PS: — Muito bem! estruturas que não fizemos no século XX e lançarmos as do século XXI. O Orador: — Conjuntamente com a electrificação des-

À dogmática da solução única, contrapomos o diálogo ta rede, estamos a falar de um investimento que ultrapassa-e a discussão pública para, de seguida, tomarmos decisões. rá os 50 milhões de contos até 2004. Assim foi com o novo aeroporto internacional de Lisboa, Os nossos compromissos com os portugueses, designa-assim se passa com a alta velocidade ferroviária, e este damente com os que vivem no interior, levaram-nos a será o procedimento no que respeita às iniciativas que desenvolver o projecto de modernização da Linha da Beira devolvam aos portugueses a estima pelo transporte públi- Baixa, cuja electrificação até Castelo Branco custará 18 co, a legítima aspiração a uma mobilidade eficiente e a milhões de contos até ao próximo ano. motivação para erradicar o carácter periférico de Portugal. Compromissos que se estendem, no subsector da ferro-

Devo, aliás, deixar claro nesta Assembleia que, no que via, a encarar a necessidade de continuar as obras da Linha respeita à alta velocidade ferroviária, saberemos tirar as do Norte, a urgência de ter pronta a ligação de Lisboa a conclusões do debate público recente. Setúbal até 2003, a indispensabilidade de despender 35

milhões de contos, igualmente até 2003, com a aquisição e O Sr. António Capucho (PSD): — Já a podem tirar! modernização do material circulante em toda a rede ferro- viária, para garantir segurança, conforto e rapidez no O Orador: — O que temos, de momento, são para- transporte de passageiros. Compromissos que se estendem

digmas para concretizar esse projecto, e avaliaremos, com ao lançamento de um novo atravessamento rodo-base nos estudos de viabilidade, qual a opção e as priori- ferroviário do rio Tejo, prioritariamente ferroviário. dades que melhor servem o interesse nacional. Este Go- O subsector marítimo-portuário é, porventura, um bom verno prefere a fundamentação em vez do palpite; ao der- exemplo do que acabo de referir. Ninguém enjeita a impor-rotismo e à chicana política opõe a convicção nas capaci- tância económica do crescimento verificado nos últimos dades nacionais. três anos no movimento de mercadorias dos portos nacio-

nais. Mesmo de um ponto de vista da progressiva substi-Aplausos do PS. tuição dos modos de transporte mais poluentes por modos menos poluentes, penso que todos nos congratulamos pelo Seria, aliás, interessante conhecer a reacção dos nossos facto de o actual movimento anual roll-onroll-off do porto

opositores políticos, caso estivéssemos condicionados a de Setúbal, equivalente a 332 000 veículos transportados, uma solução única já decidida, sem debate nacional. corresponder a cerca de 1 camião de 10 em 10 minutos, 24

No subsector aeroportuário, os investimentos em infra- horas/dia, 365 dias/ano, caso fosse transportado por rodo-estruturas aeroportuárias e em navegação aérea têm como via. um dos principais objectivos aumentar a capacidade dos Não quero deixar de enfatizar a retoma da actividade