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8 I SÉRIE — NÚMERO 104

profundamente ofendida pelo tipo de intervenção que a grande coragem. Sr.ª Deputada acabou de fazer, e, por isso, é perfeitamente ajustada a defesa da consideração. O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Muito bem!

Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, ontem, assistimos, aqui, a algumas, bem conseguidas, do ponto de vista mediático, Protestos do PS. rábulas gaudescas. Infelizmente, parece que alguém, da mesma bancada de onde partiram essas rábulas, aprendeu O Sr. Presidente (Mota Amaral): — Sr.ª Deputada, rapidamente. peço-lhe o favor de corrigir.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Diga os nomes! A Oradora: — Eu vou corrigir, Sr. Presidente! Quero eu dizer, portanto, que não é intenção minha, O Orador: — Estamos hoje, aqui, supostamente, a de- nem é intenção desta bancada, ofender, sequer, qualquer

bater um assunto sério, da maior importância para os por- Membro do Governo, bem como, como é público e notó-tugueses e para Portugal. rio, nunca pedimos a demissão de qualquer Membro do

Governo! O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Um erro sério! Se há alguém de quem V. Ex.ª se deve queixar, porque o colocou numa situação difícil,… O Orador: — Era justo e correcto que os Deputados se

colocassem perante este assunto sério, da maior importân- O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Claro! cia para os portugueses e para Portugal, com uma postura séria e não gaudesca. A Oradora: — … pelo menos tanto quanto é nosso

Infelizmente, não foi isso que sucedeu com a Sr.ª De- entendimento dos fenómenos que hoje ocorreram da parte putada Maria Celeste Cardona — eu não sei se ela tem da manhã, é do Sr. Primeiro-Ministro! É da bancada do mais algum nome e se quer que eu cite mais algum nome. Partido Socialista, que, a nosso ver, não hesitou em o colo-A Sr.ª Deputada Maria Celeste Cardona deu hoje ao País car numa situação de grande coragem política, de grande — penso que esta sessão está a ser transmitida directamen- capacidade — permita-me dizê-lo — de algum encaixe te — uma lição de como não se deve intervir num debate para estar, hoje, na sede da democracia! democrático, de como não se deve comportar um Deputa- Eu não quis ofender ninguém! Todos quantos me co-do que, efectivamente, quer contribuir de maneira séria e nhecem sabem que eu não quero ofender ninguém! coerente para a resolução dos problemas do País.

Protestos do PS. Aplausos do PS. É verdade! Portanto, Sr. Presidente, eu protesto, do ponto de vista Mas há uma coisa que tenho de salientar: eu exijo res-

político, naturalmente, veementemente, contra a interven- peito, pelo menos, na parte em que fui eleita para o Parla-ção da Sr.ª Deputada Maria Celeste Cardona, que, obvia- mento, dignamente e com convicção, para defender os mente, só teve um objectivo: humilhar o Sr. Ministro das nossos pontos de vista. E julgo que esta função essencial Finanças, enquanto cidadão e enfraquecer a bancada do de soberania, que reside nesta Casa, por aquilo que ocor-Partido Socialista que o apoia! reu, está profundamente diminuída. Foi isto o que eu quis

dizer, é isto que mantenho, e, com isto, não ofendo quem Aplausos do PS. quer que seja! Protestos do CDS-PP. O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Com certeza! Protesto veementemente e digo ao Sr. Presidente que A Oradora: — Apenas procuro dignificar a função

comportamentos desta natureza não são correctos nesta para que todos nós fomos eleitos! Câmara.

Aplausos do CDS-PP. Aplausos do PS. O Sr. Presidente (Mota Amaral): — Srs. Deputados, O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Quem o humilhou sanado este incidente, vamos prosseguir os trabalhos.

foi o Primeiro-Ministro! Sr. Ministro das Finanças, há ainda outros pedidos de esclarecimento, deseja responder já ou no fim? O Sr. Presidente (Mota Amaral): — Sr.ª Deputada

Maria Celeste Cardona, tem a palavra para dar explica- O Sr. Ministro das Finanças: — Respondo no fim, Sr. ções, dispondo, para o efeito, de 3 minutos. Presidente.

A Sr.ª Maria Celeste Cardona (CDS-PP): — Sr. Pre- O Sr. Presidente (Mota Amaral): — Sendo assim, tem

sidente, Sr. Deputado Manuel dos Santos, como é óbvio e a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Lino evidente, neste momento o que quero sublinhar é o seguin- de Carvalho. te: considero até o Dr. Joaquim Pina Moura um homem de