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25 DE JULHO DE 2001 5

perspectiva, pela redução global do emprego mas, sim, foram apresentadas para mostrar que o Governo ainda tem pela maior qualificação das pessoas, pelo aperfeiçoamento algum sopro de vida… dos sistemas e métodos de gestão, por melhor e mais ade- quado investimento modernizador. O Sr. Guilherme Silva (PSD): — Ainda mexe!

Assim, este Programa Operacional da Economia terá efeitos positivos não só na produtividade como nas expor- O Orador: — … e algum dinheiro para empregar nesta tações e no próprio crescimento do valor acrescentado área. bruto, bem como na criação de postos de trabalho. Contudo, isto não é um problema, pois o Governo pode

Sr. Presidente, Srs. Deputados: As nossas oposições — fazer estas coisas bonitas quando quiser! Simplesmente, e é com algum carinho que dizemos «nossas» —, mais ou sucede que isto é a prova cabal de que o Governo não tem menos ideológicas, mais sensíveis a interesses laborais ou nenhum programa de modernização, porque, se o tivesse, interpretando melhor os interesses de alguns sectores em- estas medidas já existiriam há muito mais tempo, já esta-presariais ou, quiçá, financeiros, terão certamente a abertu- riam catalogadas com transparência, com a explicação do ra para entender ou, melhor, para cooperar (pelo menos, porquê de terem sido estas e não outras as empresas selec-pela compreensão, pela solidariedade ou até pelo aplauso) cionadas, de quantas empresas se tratava, dos critérios e nos objectivos e na aplicação do Programa Operacional da dos dinheiros disponíveis. Economia. Portanto, a maneira como isto se faz, como se se tratas-

Os apoios à internacionalização das empresas, à melho- se da inauguração de uma ponte ou de uma estrada, dar ria da qualidade dos produtos, à formação dos trabalhado- dinheiro, às cegas, a determinadas empresas, para dizer res, à investigação e desenvolvimento empresarial, à efi- que, deste modo, o Governo vai reconquistar a confiança ciência energética são domínios importantes em que se das empresas, mostra duas coisas: que o Governo está a desdobrará o esforço de aumentar a competitividade das afundar-se e que estas são as pequenas notícias de estertor, nossas empresas, para que haja melhores e mais qualifica- que não são agradecidas por ninguém. das unidades de produção de bens e serviços, para que se Em segundo lugar, que relação tem isto com a remode-crie mais riqueza e esta possa ser melhor distribuída, para lação ministerial? Estas são medidas novas do novo Minis-que se caminhe no sentido de um maior equilíbrio entre tro da Economia? Ou são medidas que já haviam sido importações e exportações, para que os esforços de con- tomadas pelo anterior Ministro e que, por ter sido afastado, tenção nos gastos das administrações públicas possam ter a ficaram por declarar? sua contrapartida efectiva na expansão, modernização e maior dinamização da economia portuguesa. O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de terminar,

Queremos que a economia do País cresça mais e me- pois já ultrapassou o tempo regimental. lhor também para que os frutos do desenvolvimento pos- sam ser cada vez mais e melhor repartidos! O Orador: — Vou já terminar, Sr. Presidente.

Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira, não acha que, sem Aplausos do PS. vir aqui o novo Ministro da Economia e sem o fazer parti- cipar nisso, este é o pior atestado que se pode passar ao O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a Governo, à última remodelação efectuada, parecendo que

palavra o Sr. Deputado Narana Coissoró. o novo Ministro não participa nestes golpes de propagan- da? O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): — Sr. Presidente,

Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira, quero fazer-lhe duas ou Vozes do CDS-PP: — Muito bem! três perguntas simples, embora eu não seja economista, nem especialista na modernização das empresas… O Sr. António Capucho (PSD): — Se estava tudo tão

bem, por que é que mudaram o Ministro da Economia?! Vozes do PSD: — Ele também não é economista! O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o O Orador: — … mas o Sr. Deputado também não é! Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira. Risos do CDS-PP, do PSD, do PCP e de Os Verdes. O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado António Capucho, se quiser fazer alguma per-Mesmo assim vou fazer duas ou três perguntas. gunta, dirija-ma, que eu responder-lhe-ei! Os jornais de hoje trouxeram a notícia que V. Ex.ª aca-

bou de amplificar, para uso da comunicação social, que O Sr. Rui Rio (PSD): — Se souber! não deu a notícia hoje de manhã, dizendo que este esforço, que o Governo está a fazer, é exactamente para mostrar O Orador: — Se ele souber fazer a pergunta! que o Governo ainda tem capacidade para inverter o desâ- Sr. Deputado Narana Coissoró, acompanhei a prepara-nimo na economia. ção do Programa Operacional da Economia, como outros

O que quer isto dizer? Se V. Ex.ª leu bem o Público, Srs. Deputados poderiam ter acompanhado. deve saber, mas agora esqueceu-se de o citar! Isto quer De facto, não sou especialista em Direito Ultramarino, dizer que estas medidas não estavam programadas, não nem em Direito Colonial, nem em Processo Penal, maté-foram pensadas normalmente para a modernização das rias de que sei pouco, pois só fui administrador de empre-empresas, mas agora, na proximidade do período de férias, sas durante 13 anos, coordenador do PS, nesta área, duran-