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0072 | I Série - Número 002 | 19 de Setembro de 2003

 

Protestos do PSD.

…, que sempre defendeu o seu distrito (e ainda hoje reli a intervenção que fez no congresso de Trás-os-Montes e Alto Douro), quando percebeu que tinha sido traído pelo partido pelo qual foi eleito, bateu com a porta e manteve a sua honestidade e integridade. Este é que é o problema.
Nós, em política, devemos ter sempre uma perspectiva séria. Já agora, Sr.ª Deputada, pergunto-lhe: quem foi que disse que iria construir a mais importante universidade do interior em Bragança? Quem foi? Não foi o Sr. Dr. Durão Barroso?! Não foi o Sr. Dr. Durão Barroso nas últimas eleições?! Esse compromisso solene, Sr.ª Deputada, onde está? Onde está esse compromisso solene?! Sr.ª Deputada, nós temos de perceber que, em Trás-os-Montes e Alto Douro, somos poucos, mas somos gente séria e também sabemos que, no primeiro momento, que será em 2006, o PSD e, neste caso, provavelmente, uma aliança de direita terão aquilo que vai ser um grande "cartão vermelho" e, com certeza, a paga de tudo aquilo que andam a fazer aos transmontanos.
Sr.ª Deputada Paula Malojo, quanto às promessas de mais coisas, de mais projectos, de mais investimentos, estamos cá para fazer monitorização de todos esses investimentos. Gostava que também os Deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real não "metessem a cabeça na areia" e reivindicassem mais para o seu próprio distrito e para a sua própria região.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Assunção Esteves (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr.ª Deputada?

A Sr.ª Assunção Esteves (PSD): - Para exercer o direito regimental da defesa da honra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - A Sr.ª Deputada considera-se ofendida por alguém?

A Sr.ª Assunção Esteves (PSD): - Sim, Sr. Presidente. O Sr. Deputado acaba de tentar dar-me lições sobre o meu mandato, e eu gostaria de responder-lhe.

O Sr. Presidente: - Nesse caso, Sr.ª Deputada, vou dar-lhe a palavra, mas, de facto, não me pareceu que fosse uma ofensa.
De qualquer modo, tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Assunção Esteves (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Ascenso Simões, não recebo do Sr. Deputado, nem de ninguém que se sente neste Plenário, lições sobre o meu mandato, nem sobre o nível de representação que aqui concretizo em relação ao círculo por que fui eleita.
Há um provérbio chinês que diz que o dedo que aponta a lua não deixa ver senão o dedo. Deixe-me dizer-lhe, Sr. Deputado, que todo o seu discurso é eivado de uma concepção com que tematizou toda a sua campanha eleitoral em Trás-os-Montes, que é uma lógica particularista, quase tribal, daquilo que deve ser a política e a reforma política.
Devo dizer-lhe, Sr. Deputado, que há aspectos particularistas da intervenção política: Trás-os-Montes precisa de vias de comunicação e, quanto a isto, devo dizer que, quando encetei a minha campanha eleitoral e analisei os feitos do PS, encontrei as estradas todas no papel. Mas, independentemente do aspecto particular com que o desenvolvimento deve ser protegido e criado e do aspecto de incidência particularista das políticas, Sr. Deputado, deixe-me que lhe diga que existe um lado integrado que levará Trás-os-Montes ao desenvolvimento e que tem a ver com a condução geral do País e que não se confina aos limites territoriais de Trás-os-Montes - tem a ver com as reformas mais globais.
Se o Sr. Deputado quer que lhe responda, eu faço-o dizendo que o Sr. Primeiro-Ministro Durão Barroso não está só a fazer por Trás-os-Montes, está a dirigir políticas de desenvolvimento directamente a Trás-os-Montes - está a fazê-lo.
O grande defeito do Sr. Primeiro-Ministro, relativamente a Trás-os-Montes, eu digo-lhe qual é, Sr. Deputado, é: substituir a política global de demagogia do PS por uma política corajosa para todo o País; substituir a política do "politicamente correcto" por reformas, sem medo da impopularidade; substituir a vontade e a coragem pela demagogia, pelo mimetismo e pela cobardia política de nada fazer. É por isto que Trás-os-Montes vai evoluir com o Primeiro-Ministro, porque temos um Governo que tem um sentido integrado.
Sr. Deputado, demito-me como representante de Trás-os-Montes de criar uma perspectiva tribal da política - não há desenvolvimento sob essa perspectiva. Não é sem razão que a Constituição diz que nós representamos todo o País, e fá-lo numa lógica que contradiz claramente o pendor do seu discurso, o pendor da sua actuação, como já contrariava o pendor da sua campanha eleitoral nas últimas legislativas.
Não admito, Sr. Deputado, que me diga que perco tempo na 1.ª Comissão para o deixar com perda dos meus eleitores. Fui muito clara quando disse que a grande vantagem de Trás-os-Montes, como de todas as regiões do País, está na perspectiva