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0281 | I Série - Número 006 | 02 de Outubro de 2003

 

Comecemos, então, pela história. O XIX Congresso iniciou os seus trabalhos, simbolicamente, no Palácio de Cristal, na cidade do Porto, exactamente no mesmo local onde 28 anos antes se tinha realizado, debaixo do cerco das forças anti-democráticas de ideologia marxista e prática extremista, o I Congresso do CDS.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Homenageamos, assim, todos aqueles que tiveram a coragem - e era de coragem que se tratava - de resistir à tentativa daqueles queriam impor em Portugal uma ditadura de modelo soviético ou albanês.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Nesta homenagem, o CDS-PP evocou a figura de Adelino Amaro da Costa pela voz de Basílio Horta. Amaro da Costa, tragicamente assassinado em Camarate, será sempre a nossa maior referência.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - O CDS tem orgulho na sua história e reafirma a sua fidelidade à matriz fundacional do partido, que é democrata cristão, aberto a correntes de pensamento conservador ou liberal.
Sublinhamos, do ponto de vista da geometria eleitoral, a nossa vocação. E a nossa vocação é a da representação política da direita num projecto que não só não é equidistante como se integra, hoje, numa maioria de centro direita radicalmente democrática e que se revê nos valores ocidentais e na concepção humanista da primazia da pessoa humana sobre o Estado.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Do passado, recordamos que o CDS foi preciso para integrar a direita e o centro-direita na democracia, como foi preciso para combater, às vezes debaixo de tiro, os desvarios e o radicalismo do PREC,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - … para votar sozinho contra uma Constituição marxista-leninista,…

O Sr. António Filipe (PCP): - O PSD votou uma Constituição marxista-leninista!

O Orador: - …para "dar a cara", sempre sem medo nem hesitações, pelo direito à vida e pela prevalência do Estado-Nação sobre as tentações regionalistas, ou, ainda, para ajudar a formar e para levar à vitória a Aliança Democrática.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Temos orgulho no nosso passado. Hoje, o CDS-PP integra de novo uma maioria de Governo de centro-direita, reafirmando não só o compromisso com a sua história e os seus valores como o seu empenho, no Parlamento e no Governo, na estabilidade dessa maioria. Estabilidade indispensável ao sucesso de um projecto político assumido pelo Governo que apoiamos, sob a liderança firme e determinada do Primeiro-Ministro de Portugal, José Manuel Durão Barroso.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Estabilidade indispensável ao equilíbrio das contas públicas e ao relançamento da economia, para baixar o peso de Estado e, em consequência, baixar os impostos.
Hoje, é obviamente com um sorriso nos lábios que vos dizemos, Srs. Deputados da oposição, que as previsões de desentendimentos, zangas ou conflito dentro da maioria falharam todas redundantemente. Falharam no passado e falharão no futuro, por uma razão simples: não funcionamos em função das intrigas que os políticos da oposição lançam em longos bocejos da rentrée e que os comentadores do politicamente correcto vão amplificando.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Funcionamos só e unicamente em função de uma coisa: o interesse nacional.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Esta é a primeira lição que aprendemos e é, para nós, uma lição antiga, porque foi a lição maior que aprendemos com Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa.