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2362 | I Série - Número 042 | 23 de Janeiro de 2004

 

complicadas, têm dado provas de uma dinâmica irrepreensível? Que têm sido incontáveis os eventos internacionais realizados na Madeira, projectando mundialmente o nome do País? Que grandes projectos de engenharia da região têm sido premiados a nível nacional e internacional? Que diversos hotéis de grande tradição têm sido repetidamente premiados pelo seu serviço e qualidade? Que grande parte do território regional é Património Natural da Humanidade? Que graças à capacidade negocial da Madeira, Portugal pôde e pode dispor de um volume superior de fundos comunitários? Que o País está melhor porque a Madeira está melhor?

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Os responsáveis madeirenses nunca escamotearam os factos, jamais deixaram de colaborar com as entidades competentes e, mais importante do que o restante, desenvolveram políticas no sentido de reduzir as desigualdades sociais e de criar condições para diminuir e, se possível, erradicar os factores que estão na causa destes fenómenos.
Quão fácil é recorrer à demagogia barata e à acusação intempestiva. Mas esquecem-se os que de ânimo leve apontam o dedo acusatório que foram estes seus réus que levaram a cabo um projecto de desenvolvimento ímpar a nível social: levaram escolas a todas as freguesias e centros de saúde a todos os concelhos; desenvolveram programas de combate à exclusão social pioneiros em todo o País; construíram um parque de habitação social sem paralelo em todo o território nacional.
Estas é que são as suas competências e só aqui é que podem actuar. Tudo o que tenha a ver com investigação, julgamento, condenação e prisão no âmbito do procedimento criminal cabe às instituições próprias da justiça, que, se interrogadas, não deixariam de testemunhar a colaboração e a disponibilidade que o governo regional tem oferecido, demonstrado e mantido de forma exemplar.
Se querem ser coerentes e credíveis, noticiai o que está mal, mas mostrai o que está bem! Só assim estarão a prestar um verdadeiro serviço público, só assim estarão a fazer jus à real liberdade de imprensa, só assim poderão reivindicar o estatuto de independentes.
É uma mera questão de justiça! A realidade e os factos são o que são. Não os escondemos, não os manipulamos, mas exigimos que outros não o façam também. Há que ser rigoroso e imparcial, sob pena de se passar, dolosamente, para a opinião pública a falsidade e a deturpação, denegrindo a imagem da região e das suas instituições.
Porque quero um País melhor para o meu filho e para os nossos filhos, porque não aceito rotulagens simplistas e alicerçadas no vazio, porque não posso tolerar as injustiças evidentes e atrás referidas, tenho o dever e a obrigação de usar esta tribuna para as denunciar, preocupado com a verdade sobre o círculo de onde venho e com o respeito devido aos que me elegeram.
Tudo isto é mais importante (penso que para todos, mas em particular para a minha consciência) do que o comodismo do politicamente correcto.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Lello.

O Sr. José Lello (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Rodrigues, ouvi-o com muita atenção e apetece-me associar a minha à sua voz em algumas das denúncias que aqui fez.
Na verdade, penso que é altamente criticável o facto de terem escamoteado do enfoque mediático a passagem de ano no Funchal, que foi um espectáculo extraordinário, sendo que daí resultou alguma crítica difusa ao Sr. Ministro Morais Sarmento (mas essa é outra questão). Vejo também uma crítica, aliás justa, relativamente ao facto de ter sido dada pouca dimensão à extraordinária presença do paquete Queen Mary 2, no Funchal. Mas também penso que é criticável a fraca divulgação feita às jornadas parlamentares do Partido Socialista, no Funchal.
Gostaria de dizer-lhe, por outro lado, que me pareceu porventura excessiva a difusão dada às palavras do Sr. Presidente do Governo Regional da Madeira quando afirmou que se considerava, ele próprio, "uma velha meretriz, para ser posto perante algumas das situações, como se de ingénua personagem se tratasse".
Associo-me, pois, às suas palavras, porque vejo nelas uma crítica frontal ao Governo da República quanto à forma como condiciona a informação, designadamente a da RTP, em relação aos eventos extraordinários que se passam na Madeira.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Rodrigues.