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3597 | I Série - Número 065 | 19 de Março de 2004

 

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Em quarto lugar, o Sr. Ministro das Obras Públicas, nos últimos dois meses, fez um conjunto de levantamentos junto das empresas do sector quanto a eventuais encomendas que pudessem ajudar à viabilização daquela empresa…

Vozes do PCP: - Devia intervir!

O Orador: - Não pode intervir; está-se perante regras de mercado.
Continuando, o Sr. Ministro sensibilizou também a empresa do metro do Porto no mesmo sentido.
Amanhã mesmo, os Srs. Ministros da Economia e das Obras Públicas vão ter uma reunião com o Embaixador do Canadá em Portugal para, uma vez mais, tal como o fez pessoalmente o Primeiro-Ministro quando esteve no Canadá, o sensibilizar com vista à alteração desta estratégia de encerramento da fábrica da Bombardier em Portugal.
Quer isto dizer que não acordámos para esta questão agora, mas há bastante tempo. Repito que estamos perante uma decisão estratégica da referida multinacional relativamente a vários países da Europa, não tem a ver com a política de Portugal.
O que posso dizer-lhe, Sr. Deputado, é que tudo continuará a ser feito, como o demonstra o encontro de amanhã, para tentar inverter esta situação.
Se esta situação - lamentável, digo-o - acontecer, não deixaremos de encontrar todas as formas, como aconteceu, por exemplo, no caso da Clarks, em Castelo de Paiva, para ajudar a resolver o problema daqueles trabalhadores.

Protestos do Deputado do BE Francisco Louçã.

Vozes do PS: - Onde é que elas estão?

O Sr. Bruno Dias (PCP): - Nem devia falar nisso!

O Sr. Afonso Candal (PS): - Vá a Castelo de Paiva dizer isso aos trabalhadores!

O Orador: - Passando agora a responder ao Sr. Deputado José Sócrates quanto ao Sr. Primeiro-Ministro, devo dizer que, eventualmente, em tese, reconhecerei alguma verdade quanto ao que disse sobre a não intervenção do Primeiro-Ministro durante esta interpelação ao Governo quando o Sr. Deputado tiver a coragem e a humildade de vir aqui fazer auto-crítica, porque, no passado, o seu primeiro-ministro não só nunca interveio durante nenhuma interpelação como, em seis anos, apenas veio ao Parlamento 11 vezes para debates mensais. Fugiu, não cumpriu!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Portanto, quando fizer essa auto-crítica, dar-lhe-ei razão.
Em segundo lugar, o Sr. Deputado usou a palavra "cumprir". Deixe que diga, a si e aos Srs. Deputados do Partido Socialista, que creio que essa é mesmo a única palavra que não podiam usar, porque os senhores não cumpriam o princípio mais solene e mais sagrado em democracia que é o de cumprir os mandatos até ao fim. Portanto, não têm nenhuma autoridade, nem moral nem política, para falar.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Por último, Sr. Deputado José Sócrates, a questão do desemprego.
O desemprego preocupa-nos a todos sem excepção. A diferença está nas políticas. Veja: se, por exemplo, tivesse continuado o aumento indiscriminado de trabalhadores na Administração Pública, garanto-lhe que a taxa de desemprego estaria mais baixa, mas, em termos de futuro, essa era uma política errada, como qualquer economista lhe explicará com toda a facilidade.
Assim, Sr. Deputado, daqui a dois anos, cá estaremos novamente para o julgamento, com a mesma honestidade e mesma clareza de hoje. O Primeiro-Ministro Durão Barroso estará aqui e estará a ser julgado pelos eleitores. Gostaria muito é que, daqui a dois anos, o líder do seu partido pudesse garantir o mesmo aos portugueses.