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3594 | I Série - Número 065 | 19 de Março de 2004

 

meio milhão de pessoas que estão arrumadas em casa, vítimas do desemprego. E essa é a marca da sua governação, essa é a marca deste Governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares fez saber à Mesa que, por uma questão de gestão do tempo disponível, responderá por grupos de três aos diversos pedidos de esclarecimento.
Tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro, o que é extraordinário e também exemplar neste debate é esta iniciativa do Partido Socialista ser, acima de tudo, um enorme exercício de "lata", como não víamos há muito tempo.

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

Protestos do PS.

O Orador: - É um exercício de "lata" e de marketing, que é aquilo em que são fortes - "lata", marketing e rigorosamente mais nada!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Telmo Correia, desculpe-me interrompê-lo, mas não gosto da expressão "lata", não me parece que seja parlamentar.

O Orador: - Então, Sr. Presidente, substituo "lata" por "descaramento" ou por "ausência de vergonha".
Como dizia, esta interpelação do PS é um exercício de descaramento, de ausência de vergonha.
O anterior primeiro-ministro, aquando do último debate enquanto ainda era governo, dizia "conseguimos a estabilidade das finanças públicas" - era o que dizia o Eng.º António Guterres. É extraordinário e é preciso muita desfaçatez!
Mas há mais. Qual era a grande promessa do Secretário-Geral do Partido Socialista quando, no final da Convenção do PS, a 26 de Janeiro de 2002, apresentou o seu programa? Qual era então a grande promessa do Sr. Dr. Ferro Rodrigues? "Défice zero em 2004" É extraordinário! Défice zero, era o que prometia o Dr. Ferro Rodrigues!

Risos do CDS-PP e do PSD.

Agora, diz que é preciso gastar mais, que é preciso mais investimento público.
A escolha é entre desfaçatez e credibilidade: a vossa desfaçatez e a nossa credibilidade.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

É que nós seguimos o caminho correcto, o caminho da contenção, e conseguimos, ainda assim,…

O Sr. José Magalhães (PS): - Se conseguiram!…

O Orador: - … rever a sisa, acabar com o imposto sobre sucessões e doações, reduzir o prazo das listas de espera, fazer e iniciar reformas essenciais, como a da segurança social,…

O Sr. Jorge Coelho (PS): - E conseguiram mais desempregados!

O Orador: - … conceder o maior aumento de pensões em muitos anos e, pela primeira vez, diminuir o número de funcionários públicos e fazer descer o peso da despesa pública. Foi isso que este Governo fez!

Vozes do CDS-PP e do PSD.

Agora, vamos abrir um novo ciclo, Sr. Ministro. Nesse novo ciclo, a questão essencial, a que o PS não sabe responder, é a de gastar mais e, ao mesmo tempo, conseguir a contenção a despesa pública. Ora, Sr. Ministro, de facto, nós "arrumámos a casa", de facto, conseguimos fazer a contenção e, por isso, Portugal