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3596 | I Série - Número 065 | 19 de Março de 2004

 

Aplausos do BE.

Vozes do CDS-PP: - Fraquíssimo!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, que dispõe, no máximo, de 5 minutos.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: - Sr. Presidente, começo por responder ao Sr. Deputado Francisco Louçã.
Em primeiro lugar, quanto à questão da política externa e do terrorismo, já ontem tivemos aqui um debate sério, sereno e responsável sobre a matéria, mas podemos sempre voltar à questão.
Sr. Deputado, entre a democracia e o terrorismo não há nenhum tipo de dúvidas nem nenhum tipo de hesitação da nossa parte.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Foi por isso que venderam armas a Saddam Hussein!

O Orador: - Posto isto, Sr. Deputado, em Portugal, pode ter havido divergências entre as forças políticas - e houve, no passado recente -, até mesmo diferenças de opinião entre órgãos de soberania relativamente à questão da intervenção no Iraque. Respeitamos essas diferenças, tal como esperamos que respeitem a posição legítima tomada pelo Governo português.
Neste momento, olhe, por exemplo, para a referência que é a sintonia de posições, de unidade, de solidariedade na luta contra o terrorismo que se verifica entre o Sr. Primeiro-Ministro e o Sr. Presidente da República - é um bom exemplo -, ou veja a postura responsável ontem assumida pelo Partido Socialista quanto a esta mesma matéria.

O Sr. António Costa (PS): - Sempre!

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Nem poderia esperar outra!

O Orador: - Significa isto que uma coisa é podermos ter diferenças de opinião, como já aconteceu no passado - seguramente, ninguém vai pedir a outrem que mude de opinião -, mas é inaceitável que esta questão do combate ao terrorismo seja trazida para o combate político interno porque, face a esta matéria, como o demonstra o exemplo institucional que citei, tem de haver unidade, firmeza e solidariedade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Passemos ao caso da empresa Bombardier, questão sobre que gostaria de falar a todos os Srs. Deputados.
Em primeiro lugar, trata-se de uma multinacional, portanto, privada, de origem canadiana.

O Sr. Bruno Dias (PCP): - Está a lavar as mãos!

O Orador: - Vai ver que não se trata de lavar as mãos, Sr. Deputado. Oiça até ao fim.
Em segundo lugar, trata-se de uma multinacional que decidiu fechar sete fábricas na Europa, não apenas em Portugal, mas em vários outros países europeus.

O Sr. António Costa (PS): - E anteontem não sabiam?!

O Orador: - Em terceiro lugar, o Governo não acordou para esta questão apenas há dois dias. Posso dizer que, há vários meses atrás, o Sr. Primeiro-Ministro, aquando de uma viagem de Estado ao Canadá, teve um encontro directo e pessoal com o Presidente da Bombardier, sensibilizando-o para esta matéria.

O Sr. António Costa (PS): - Ah!

Risos do PS.

O Orador: - Sr. Deputado António Costa, creio que a questão é séria demais, pelo que devia ouvir a explicação com a seriedade que a matéria exige.