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3601 | I Série - Número 065 | 19 de Março de 2004

 

Vozes do PS: - Em Junho?!

Risos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, deixem ouvir o orador.

O Orador: - De resto, não estou a acrescentar nada ao que o Sr. Primeiro-Ministro aqui disse, num dos últimos debates mensais.
Mas, acrescentando até uma coisa simpática, dir-lhe-ei que, na altura, seguramente o Sr. Deputado será convidado para se associar a esse momento de desenvolvimento do Alentejo.
Sr. Deputado Afonso Candal, quanto ao IC1, as obras estão em andamento.

Risos do PS.

Aliás, quanto ao IC1, que conheço muito bem porque fui eleito Deputado pelo mesmo círculo eleitoral que o senhor, valia a pena o Sr. Deputado pôr a mão na consciência, pois a sua conclusão já tinha sido prometida para há quatro anos atrás.

Risos do Deputado do PSD Luís Marques Guedes.

Vozes do CDS-PP: - Pois é!

O Orador: - Portanto, conviria ter aí um pouco mais de cautela. Mas, como digo, a sua conclusão está prevista até ao final de 2004.
Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, a Sr.ª Deputada colocou, apesar de tudo, questões mais sérias.

Vozes do PS: - Mais sérias?!

O Orador: - Sr.ª Deputada, é óbvio que estamos todos de acordo que as coisas não estão bem - aliás, eu disse-o na minha intervenção. Sabe, eu não sou autista, nem deslumbrado. Nunca deixo de olhar para a realidade com verdade e com seriedade e nunca me deixo deslumbrar seja com o que for, designadamente com o poder.
Há problemas, como já referi, e até acrescento o seguinte: em termos macroeconómicos, muitos destes problemas, designadamente o mais preocupante, que é o desemprego, podem resolver-se no espaço de dois anos, o que, nesses termos, dirão os economistas, é pouco tempo. Mas não tenho qualquer problema em dizer que isso, para cada pessoa que está desempregada, não é muito tempo, é uma eternidade.
Portanto, há problemas aí e noutros domínios.

O Sr. José Magalhães (PS): - E que medidas vão tomar?

O Orador: - Agora, não chega fazer diagnósticos. A Sr.ª Deputada e outros, que não chegam ao poder, que nunca tiveram esta responsabilidade, podem apenas apontar o dedo aos problemas. Mas a questão é saber se estamos na tendência correcta ou incorrecta, se estamos no bom ou no mau caminho.

Vozes do PS: - No mau!

O Orador: - Ora, não se pode fazer uma análise destas sem olhar também para uma outra questão: há uma crise apenas portuguesa? Será que a Europa não está em crise? A França não está em crise? A Alemanha não está em crise?

O Sr. José Magalhães (PS): - Mas não adoptam a vossa política!

O Orador: - Devemos ter honestidade intelectual.
Agora, Sr.ª Deputada, se a política não tivesse sido esta, não tenha dúvida de que a situação seria bem pior.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): - Não é verdade!