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3933 | I Série - Número 072 | 02 de Abril de 2004

 

Afeganistão e no Iraque.
Não desejámos a guerra nem divisões na comunidade internacional. Mas quando a guerra se tornou inevitável, mantivemos Portugal onde ele sempre esteve.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Já o Bloco de Esquerda, bem como o Partido Comunista Português, parecem querer estar contra todas estas intervenções. Aliás, pela voz do Sr. Deputado Luís Fazenda, o Bloco de Esquerda assumiu neste Plenário que mesmo com uma resolução das Nações Unidas estaria contra a intervenção do Iraque. É importante citar. No dia 31 de Janeiro de 2003, disse o Sr. Deputado Luís Fazenda: "O Bloco de Esquerda está contra uma guerra no Iraque, seja unilateralmente conduzida seja através de uma coligação de países e tenha até a cobertura do Conselho de Segurança das Nações Unidas." Para quem diz que não é ambíguo na luta em relação à democracia estamos verdadeiramente conversados, Sr. Deputado Luís Fazenda…!

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Mais uma vez, assumem a postura de "contra", mesmo que contra os nossos aliados históricos. O CDS-PP, pelo contrário, nunca apoiará posições que objectivamente favoreçam os inimigos da segurança, da liberdade, da democracia e da paz. Se outros o fazem, que assumam as suas responsabilidades.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Quanto à aposta na lusofonia, nem uma palavra se ouve por parte do Bloco de Esquerda. Mas não se espantem que daqui a uns dias a Sr.ª Deputada Alda Sousa (única Deputada do Bloco de Esquerda que ainda não teve tempo de ser frontalmente contra alguma coisa)…

O Sr. José Magalhães (PS): - Que observação deselegante!

O Orador: - … venha dizer que é contra o estreitamento das relações com os povos que falam português.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Nessa ocasião estará completo o "tripé do não".
É contra esta postura que o CDS-PP está. Portugal deve contribuir para o bom senso das relações internacionais, ao lado dos nossos aliados, com opções claras e na defesa do desenvolvimento económico, da liberdade e da paz.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - O Sr. Deputado Diogo Feio utilizou na sua intervenção tempo cedido pelo PSD.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): - Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Esta interpelação ao Governo realiza-se no "dia das mentiras". E é precisamente disso que vamos falar: de uma mentira.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Por isso é que o PCP vai falar!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - O dia das mentiras não é hoje; é quando o PCP quiser!

O Orador: - É uma enorme mentira, mas que, desde há mais de um ano, determina o essencial da política externa portuguesa.
O Primeiro-Ministro Durão Barroso fugiu sempre a responder a uma questão elementar: quais foram afinal as provas concludentes quanto à existência de armas de destruição em massa no Iraque que o levaram a apoiar a guerra contra esse país e a participar na sua ocupação militar.