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4811 | I Série - Número 088 | 14 de Maio de 2004

 

zero, enquanto assistia, na mesma negociação, à Grécia passar a sua quota nacional de 340 000 ha para 370 000 ha. E Portugal, repito, saiu desta negociação com aquilo que já tinha conseguido, ou seja, com uns escassos 360 ha. Em suma, mais uma vez o Governo cantou vitória quando deveria pedir desculpas aos portugueses.
Assim, aquilo que eu esperava do Sr. Deputado hoje, aqui, já que o Governo não o fez - e porque o Sr. Deputado pertence à maioria que o suporta -, era que pedisse desculpa a todos por mais promessas incumpridas e pela falta de vergonha em cantar vitórias onde soma derrotas consecutivas.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Narana Coissoró): - Sr. Deputado Vieira de Castro, pede a palavra para que efeito?

O Sr. Vieira de Castro (PSD): - Sr. Presidente, para interpelar a Mesa relativamente à condução dos trabalhos.

O Sr. Presidente (Narana Coissoró): - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): - Sr. Presidente, creio ter ouvido V. Ex.ª dizer que não havia a garantia de que o Sr. Deputado Capoulas Santos se tivesse inscrito a tempo para formular este pedido de esclarecimento, tendo-lhe, no entanto, concedido a palavra, acrescentado que in dubio pro reo.
Sr. Presidente, provavelmente até estaria de acordo com a sua afirmação, mas só não concordo porque a inscrição de um Sr. Deputado do PSD, também para formular um pedido de esclarecimento, não foi aceite por ter sido feita com um ligeiro atraso.
A Mesa tem, seguramente, de tratar todos os grupos parlamentares de forma igual.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Narana Coissoró): - Sr. Deputado, devo esclarecer que substitui a Sr.ª Vice-Presidente Leonor Beleza a meio do debate, numa altura em que se faziam pedidos de esclarecimento, tendo seguido a lista de inscrições que me foi dada. Dessa lista não constava a inscrição de qualquer Deputado do PSD, mas constava a do Sr. Deputado Capoulas Santos com uma interrogação, e por isso lhe dei a palavra.
Portanto, não houve discriminação alguma em relação ao Sr. Deputado do PSD, porque, efectivamente, não assisti desde o início às inscrições para pedidos de esclarecimento.
Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Herculano Gonçalves.

O Sr. Herculano Gonçalves (CDS-PP): - Sr. Presidente, vou ser muito rápido, porque não quero contribuir para o atraso dos trabalhos, até porque já se perdeu algum tempo.
Claro que alguém, nos corredores, disse ao Sr. Deputado Capoulas Santos que nesta Câmara se falava de agricultura. O Sr. Deputado não se encontrava no lugar que devia ocupar, chegou à sua bancada com algum atraso e colocou todo este problema à Mesa. Mas eu vou responder-lhe, Sr. Deputado Capoulas Santos.
Relativamente à pergunta que me fez, devo dizer que a esperaria de qualquer outra bancada, até mesmo de qualquer outro Deputado da sua bancada, mas não do Sr. Deputado Capoulas Santos. E se de si não aceito a pergunta nos moldes em que a colocou é porque o senhor teve responsabilidades acrescidas nessa área. O senhor foi ministro da Agricultura…

O Sr. António José Seguro (PS): - E um bom ministro!

O Orador: - … e, nessa qualidade, sabe por que motivo os 200 milhões de euros não vieram para Portugal. O Sr. Deputado sabe que Portugal foi o único país da Comunidade a conseguir que estes apoios fossem disponibilizados! Nenhum outro país da Comunidade vai receber mais um cêntimo para o seu olival.
Portanto, Sr. Deputado, penso que respondi claramente à sua pergunta, porque é de azeite que estou a falar e não de algodão.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - O que é diferente!