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5056 | I Série - Número 092 | 27 de Maio de 2004

 

de Portugal.
Sabemos que estamos a atravessar um momento difícil, mas é nos momentos difíceis que se põe à prova a qualidade e a coragem dos governantes.
Sabemos que acabámos de viver uma crise grave, herdada e importante; mas também sabemos que o tempo que estamos a viver já é um tempo de recuperação, já passou o tempo da recessão.
Sabemos que a retoma leva algum tempo até chegar a ser sentida no bolso dos portugueses. Mas hoje já ninguém tem dúvidas - como se vê, pelo incómodo da oposição com a retoma - de que o pior já passou e de que os portugueses vão ter direito a um tempo novo de prosperidade, de desenvolvimento e de bem-estar.
Sabemos que reformar é mais difícil do que adiar, que anestesiar é mais fácil do que governar, mas é reformando que os problemas se resolvem, e é governando, com coragem e decisão, que Portugal vai para a frente.
Sabemos que há desemprego a combater e poder de compra das famílias a melhorar. É para isso que trabalhamos. E, por isso, o desemprego já começou lentamente a baixar, vai baixar mais nos próximos tempos, e os portugueses, a começar pelos funcionários públicos, já vão sentir, em 2005, uma melhoria do poder de compra dos seus salários e das suas pensões.
Sabemos que há que dar mais esperança aos jovens e maior solidariedade aos idosos. É para isso que governamos. Queremos uma juventude mais exigente e com melhores oportunidades; queremos uma educação que seja ferramenta para o emprego, não um passaporte para o desemprego.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Vamos, até 2006, com a equiparação das pensões ao salário mínimo nacional, fazer o que outros prometeram e não fizeram - dar maior dignidade e solidariedade a mais de 1 milhão de reformados que, legitimamente, anseiam por melhor justiça social.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

São estes os nossos desafios. São desafios ao nosso engenho, à nossa vontade e à nossa determinação.
Daí a nossa atitude, uma atitude de ambição. Portugal está farto de pensar pequeno. Portugal precisa de ambição, de uma atitude de confiança. Portugal está farto da lamúria e da resignação; precisa de acreditar em si próprio, nas suas capacidades e no seu futuro.
É uma atitude com visão estratégica: estamos a trabalhar com afinco no presente, mas estamos sobretudo a preparar um futuro de prosperidade, solidez e segurança.
É uma atitude de responsabilidade: estamos no poder para o exercer democraticamente, na base de uma ideia e de um projecto, nunca para o ocupar com ostentação ou para o exercer de forma autoritária ou arrogante.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo terminou. Agradeço que conclua.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
É uma atitude com sentido nacional: 30 anos depois, é o exemplo de Sá Carneiro que nos orienta e motiva. Com Sá Carneiro, aprendemos um ideal; com Durão Barroso continuamos a praticá-lo - o ideal do País, a primazia a Portugal, a aposta nos portugueses!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Miranda Relvas, em primeiro lugar, quero cumprimentá-lo e ao seu partido pela realização do vosso congresso.
Tratou-se de um congresso onde não faltou muita excitação - os mais variados ataques à oposição, aplausos à selecção nacional, faits divers -, mas onde ficou patente, verdadeiramente, uma disputa por quinhões de poder: quem vai e quem não vai candidatar-se às presidenciais, quem vai candidatar-se com quem às próximas eleições legislativas, enfim, muitas dissemelhanças de opinião, mas verdadeiramente uma barganha por quinhões de poder. Foi isso de que os portugueses e as portuguesas se aperceberam do Congresso do PSD, para além de terem atacado as oposições, oposições tablóides… Isso deve ser reflexo, porventura, de um governo esquizóide. Não pode ser de outro modo.!
Mas ideias, verdadeiramente - isso é um erro de petição de princípio -, não houve nenhumas