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5057 | I Série - Número 092 | 27 de Maio de 2004

 

naquele congresso. Era suposto que o Congresso de um partido que é o sócio maior de uma coligação governamental tivesse feito uma avaliação crítica da governação. Era isso que interessaria aos portugueses e às portuguesas: saber quais eram, na vossa óptica, os pontos fortes e os pontos fracos, aquilo que estão dispostos a corrigir na trajectória, como é normal em qualquer Governo. Mas disso não tivemos rigorosamente nada!
Aliás, o Sr. Deputado confirmou-o aqui, dizendo: "o partido tratou do poder e depois apoiámos o Governo…". Foi o que o Sr. Deputado aqui nos disse.
E tudo isto, em nome de quê? Da retoma. "A retoma", "há-de vir a retoma" "a retoma já aí está" - são expressões do "marques-mendismo" -, "a retoma já aí está, só que ainda não é sentida". Então, trataram de agitar: "agite, antes de retomar" parece ter sido o slogan do PSD.
Em boa verdade, aquela que considerámos ser a mensagem política do congresso do PSD foi o discurso da Dr.ª Manuela Ferreira Leite. O que ela disse, na defensiva - e isso é muito importante para a opinião pública e para as relações entre a oposição e o Governo, para a avaliação que a oposição faz da coisa pública e de como pode estabelecer a fiscalização do Governo -, foi o seguinte: disse que se não tivesse sido a política que seguiram, estaríamos muito pior.

A Sr.ª Graça Proença de Carvalho (PSD): - Sem dúvida!

O Orador: - É uma opinião sustentável,…

A Sr.ª Graça Proença de Carvalho (PSD): - Sem dúvida!

O Orador: - … é uma opinião legítima; no entanto, não é uma opinião que dê esperança aos portugueses. Ou seja, a política deste Governo não criou uma situação melhor, não foi capaz de corresponder às expectativas, nem, muito menos, às promessas das últimas eleições.
O que ouvimos no congresso do PSD foi a Sr.ª Ministra das Finanças pedir desculpa pela política que está a praticar e que é verdadeiramente o selo e a marca deste Governo. Foi assim que o PSD saiu deste Congresso: com um pedido de desculpa, mais ou menos a trouxe-mouxe, sobre a política que tem praticado e que tem piorado as condições de vida dos portugueses, e com o espectáculo público, mais ou menos adiado para próximo episódio, da novela da disputa do poder e da interminável parafrenália das candidaturas presidenciais.
Sr. Deputado Miguel Miranda Relvas, seguramente os senhores reconhecerão, se não forem autistas, que tal não é brilhante para o País, não é brilhante para o Partido Social Democrata.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Miguel Miranda Relvas, há três inscrições para pedidos de esclarecimentos. Deseja responder em separado a cada um?

O Sr. Miguel Miranda Relvas (PSD): - Responderei em conjunto, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então, tem a palavra o Sr. Deputado Mota Andrade também para pedir esclarecimentos.

O Sr. Mota Andrade (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Miranda Relvas, em primeiro lugar, deixe-me felicitá-lo pelo seu regresso a esta Casa. V. Ex.ª é um Deputado cordato, afável, sabe bem que tem vários amigos em todas as bancadas.

Aplausos do PSD.

Aliás, quero dizer-lhe que o Parlamento ficou mais enriquecido, porque ganhou um Deputado com grande peso político.

Aplausos do PSD.

Já vão ouvir.
Sr. Deputado Miguel Relvas, não é todos os dias que volta a esta Casa um Deputado vindo do Governo, onde estava na qualidade de Secretário de Estado, arrastando um ministro com a sua saída.

Aplausos do PS.