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5062 | I Série - Número 092 | 27 de Maio de 2004

 

No Congresso do PSD não se debateram tricas,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Mas que elas existem, existem!

O Orador: - … debateu-se um projecto para Portugal. E deixe-me, aliás, responder-lhe a uma questão central, que foi também denominador comum nas perguntas dos três Srs. Deputados da oposição, dizendo-lhe que o líder do meu partido, em Setembro de 2003, assumiu, desde logo, de uma forma clara e inequívoca, que este era um projecto para Portugal, pelo menos até 2010.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Ó Sr. Deputado, quer mais clareza do que esta?! Quer mais objectividade?!
Sr. Deputado, em termos de coligação, estamos juntos e juntos vamos continuar. Sabe qual é a melhor garantia da saúde desta coligação? Olhe a diferença entre a CDU e a nossa coligação. Esta é uma coligação de dois espaços, onde se debate à vontade, onde há identidades próprias em ambos os partidos. Mas sabe qual é o melhor certificado da saúde da nossa coligação? É a vossa atitude de a tentar dividir! É que só tenta dividir quem sente que existe unidade, porque, se essa unidade não existisse, isso não seria necessário.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Deputado Bernardino Soares, sabe a estima que tenho por si, desde há muitos anos. Aliás, trabalhámos juntos aqui, no Parlamento.
Na sua intervenção só notei uma preocupação: a de o Dr. Alberto João Jardim ter regressado um dia mais cedo à Madeira. Penso que foi essa a sua grande preocupação.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Pensei que isso o preocupasse!

O Orador: - Vejo que está muito empenhado nas próximas eleições regionais. Mas, sabe, esta é a atitude tradicional no PSD, somos responsáveis, lutamos pelos nossos ideais, pelas nossas convicções. Nós não falamos para o partido, o partido é um instrumento, nós falamos para o País. Um congresso do meu partido não é para discutir se o voto é ou não de dedo no ar; um congresso do meu partido é para discutir o País, para discutir o projecto para aqueles que mais necessitam, para aqueles que são os mais desfavorecidos na nossa sociedade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Foi essa atitude que os militantes do meu partido quiseram assumir este fim-de-semana. Discutiram Portugal, não quiseram discutir o PSD. É, naturalmente, essa a nossa atitude e será sempre essa a nossa linha de orientação, porque esse é o nosso código genético, desde que este partido foi fundado, há 30 anos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Luís.

O Sr. Carlos Luís (PS): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Precisamente há um ano, nesta mesma tribuna, dava conta a esta Câmara da grave situação que as comunidades portuguesas viviam, e ainda vivem, um pouco por todo o mundo.
Decorridos agora mais de dois anos após a tomada de posse do Governo PSD/CDS, os portugueses residentes no estrangeiro vêem-se confrontados com a maior crise governativa no sector das comunidades, enquanto assistem à suspensão, paralisação e extinção das estruturas de apoio às comunidades portuguesas.
A política do logro e da farsa, levada a cabo pelo actual Governo, com particular destaque para as políticas da emigração, e o seu Secretário de Estado José Cesário, lançaram no seio das comunidades portuguesas um ambiente de descrença colectiva, que se vem adensando cada vez mais com as muitas promessas feitas por cumprir.

O Sr. António José Seguro (PS): - Muito bem!