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5059 | I Série - Número 092 | 27 de Maio de 2004

 

vimos. Foi coisa que esteve ausente do congresso do PSD.
Tratou-se, sim, de um congresso, em primeiro lugar, de ataques descabelados a partidos da oposição,…

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Ah! Então sempre houve estratégia!

O Orador: - … que já foram aqui debatidos na parte da manhã, e de um congresso preocupado em definir a estratégia da manutenção no poder. Esta é que foi a principal preocupação do PSD neste congresso.
Mas nem mesmo assim, nem mesmo com essas motivações partidariamente mais egoístas, digamos, foi possível cativar o Dr. Alberto João Jardim para assistir a mais um diazinho, pelo menos, de congresso. Teve de ir para a Madeira, para outros afazeres mais importantes do que essa coisa tão pouco relevante que é o congresso do seu partido, o congresso do Partido Social Democrata. E lembro também que o Sr. Deputado, na sua intervenção, disse várias vezes que o congresso se reuniu e se uniu à volta do líder do PSD, à volta do Governo, mas nunca disse que o congresso se reuniu e se uniu à volta da coligação que sustenta o Governo.

O Sr. Miguel Miranda Relvas (PSD): - Por acaso até disse! Estava distraído!

O Orador: - Penso que isso é muito significativo e vem, aliás, ao encontro de outras intervenções produzidas que ouvimos a propósito do congresso do PSD.
Sr. Deputado Miguel Relvas, este foi, evidentemente, um congresso em que foi preciso fazer uma remodelação mais ou menos cirúrgica, digamos assim, que tem a curiosidade de ser uma remodelação ao mesmo tempo antecipada e atrasada ou adiada. Ou seja, é antecipada, porque todos sabemos que está tudo à espera da grande remodelação e que esta foi uma antecipação cirúrgica dessa tal remodelação; é atrasada, porque já há muito tempo que precisávamos de ver remodelado um ministro que, em matéria de política de ambiente, não adiantou nada às necessidades do País.
Foi a final, e para terminar, Sr. Presidente, um congresso de campanha eleitoral, bem na linha da colagem inaceitável que o PSD e a maioria fazem ao Euro 2004 e da tentativa de aproveitamento eleitoral e partidário dessa iniciativa.

O Sr. Bruno Dias (PCP): - Exactamente!

O Orador: - Foi um congresso em que estiveram bem à vista os desejos de que as vitórias no futebol apaguem as mais do que previsíveis derrotas do Governo e da maioria.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, quero rectificar o que disse há pouco - houve um lapso da Mesa -, pois está ainda inscrito, para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Miguel Relvas, o Sr. Deputado Telmo Correia.
Tem a palavra, Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, peço desculpa, mas o defeito foi meu.
Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Relvas, confesso que não quero propriamente fazer-lhe uma pergunta, porque, nesta matéria, tive, se calhar, em relação…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Pergunte-lhe sobre a coligação! Pergunte-lhe!

O Orador: - Mas responder-lhe-ei a si, com todo o gosto, Sr. Deputado Bernardino Soares,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - … como sempre e como sabe.
Como estava a dizer, nesta matéria, tive oportunidade de ser um observador privilegiado, porque assisti ao encerramento dos trabalhos do congresso do PSD e, portanto, fiquei esclarecido nessa ocasião.
Aquilo que desejo fazer hoje é, obviamente, felicitar o Partido Social Democrata pelo seu congresso, pela forma como ele decorreu e, se me permite, felicitá-lo a si, pessoalmente, Sr. Deputado Miguel Relvas, porque, sem menosprezo por outros dirigentes do Partido Social Democrata, eu próprio tive