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5102 | I Série - Número 092 | 27 de Maio de 2004

 

reflectir com os Srs. Deputados sobre um aspecto.
É evidente, Srs. Deputados, que qualquer responsável político, muitas vezes, tem dúvidas sobre as políticas que está a seguir e pensa se esse será o caminho correcto, se não haverá outras formas, sendo um tema de grande ponderação. Aquilo que nos dá alguma confiança na política que estamos a seguir é o facto de todos os economistas nacionais, como também as instituições internacionais, a validarem.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Muito bem!

Vozes do PS: - Isso não é verdade!

A Oradora: - Talvez não seja verdade para alguns economistas, mas é-o para aqueles que considero - estou a pensar no Dr. Vítor Constâncio, no Prof. Hernâni Lopes, na Comissão Europeia, no Fundo Monetário Internacional, na OCDE e no Comissário Solbes.
Admito que haja economistas, alguns deles aqui presentes, que tenham essa discordância e que não sejam para invocar,…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Os aprendizes de feiticeiro!

A Oradora: - … mas entre aqueles que são, do meu ponto de vista, susceptíveis de ter a credibilidade suficiente para dar apoio sustentado à política que estamos a seguir, não tenho dúvidas de que essa concordância existe.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Exactamente!

A Oradora: - Por isso, julgamos que a política que seguimos é a correcta e que deverá ser mantida.
Alguns dos Srs. Deputados afirmaram que eu teria falado de uma retoma forte. Creio que nunca, em circunstância alguma, fiz tal afirmação.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Pelo contrário!

A Oradora: - Bem pelo contrário. Sempre tenho dito e afirmado, e mantenho essa afirmação, que a fase mais baixa do ciclo já passou, aliás, todos os indicadores apontam para tal. Existem certos indicadores com algumas contradições, em todo o caso, os indicadores avançados, bem como outro tipo de indicadores, apontam claramente no sentido de a fase baixa do ciclo já ter sido ultrapassada. Portanto, este é mais um elemento a apoiar a política que temos estado a seguir.
Com base nestas dúvidas, quando também ouvimos algumas críticas da oposição, podemos com certeza ponderar se isso será assim ou não, mas quando chegamos às instâncias internacionais, por exemplo, à Comissão Europeia, aquilo que nos dizem e as análises que fazem são completamente diferentes daquilo que ouvimos cá dentro. E, portanto, no mínimo, ficamos a ponderar que as opiniões não são unânimes nessa matéria.
Há também um outro aspecto que gostaria muito de reafirmar - não esclarecer, porque os Srs. Deputados sabem que assim é. Há aqui um pouco a ideia de que enganamos a Comissão Europeia, de que estamos a fazer determinado tipo de arranjos nas contas. Nomeadamente, o Sr. Deputado Joel Hasse Ferreira exigiu que as contas fossem analisadas da mesma forma que o foram em 2001.
Sr. Deputado, digo-lhe que as contas foram bastante mais avalizadas agora do que em 2001, pela simples razão de, naquela altura, terem sido analisadas a posterior enquanto que durante todo este ano foram acompanhadas mensalmente - para qualquer tipo de operação que fazíamos eram previamente acompanhadas pela Comissão - e, finalmente, as contas foram todas avaliadas, analisadas e testadas pela Comissão Europeia, pelo Eurostat, pelo Banco Central Europeu, pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Portanto, Srs. Deputados, se este Parlamento entender que deve haver uma comissão semelhante, ela será sempre mais restrita do que aquela que já fez a análise das contas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Efectivamente, não ficaria confortada se as contas não fossem as correctas. Não há o mínimo interesse