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0428 | I Série - Número 009 | 07 de Outubro de 2004

 

O Orador: - Gostávamos, por exemplo, de ter ouvido V. Ex.ª dizer - se o Engenheiro Sócrates o tivesse autorizado mas parece que não o autorizou... - qual a posição do Partido Socialista relativamente às propostas que a maioria vem fazendo em relação a pactos, como, por exemplo, para a justiça. Gostávamos de saber qual a abertura e a receptividade do maior partido da oposição para, efectivamente, entrarmos numa estabilização de soluções em matérias tão essenciais como esta, da realização da justiça num Estado de direito democrático.
Quanto às acusações de que tudo está mal, fruto da governação desta maioria, leio-lhe apenas uma pequena parte de uma entrevista…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, esgotou-se o tempo de que dispunha. Tenha a bondade de concluir.

O Orador: - Vou já terminar, Sr. Presidente.
Leio-lhe apenas uma pequena parte de uma entrevista do Dr. Medina Carreira, que diz, muito claramente, que a economia portuguesa está em desaceleração constante desde o início de 1999 e que o Engenheiro António Guterres abandonou o Governo em 2001 - o mesmo Governo onde esteve o Engenheiro José Sócrates - porque já não sabia o que fazer para inflectir esta tendência.
Queremos saber se, efectivamente, V. Ex.ª não renega a história do seu partido, em matéria de governação de Portugal, e se assumem, por inteiro - V. Ex.ª e, agora, também, o Engenheiro José Sócrates, como novo líder do seu partido -, as responsabilidades pela situação em que o País ficou e sobre a qual, insuspeitamente, um militante vosso "põe o dedo na ferida", denunciando-a.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Partindo do princípio de que o Sr. Deputado António José Seguro pretende responder individualmente, tem a palavra.

O Sr. António José Seguro (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Guilherme Silva, começo por onde todos devemos começar, isto é, por agradecer as palavras simpáticas que dirigiu, a título de cumprimento, ao líder do meu partido.
Sobre o teleponto, compreendo o vosso incómodo: é que o líder do Partido Socialista utilizou essa forma de ler discursos mas sabe ler os discursos que ele próprio escreve, enquanto o líder do vosso partido, na investidura como Primeiro-Ministro,…

Risos do PS.

… não só não escreveu o discurso como não o soube ler.

Aplausos e risos do PS.

O Sr. José Magalhães (PS): - Comprem-lhe um teleponto!

O Orador: - Sr. Deputado Guilherme Silva, não lhes vamos fazer a vida fácil.
O Sr. Deputado Guilherme Silva desejou-nos que estivéssemos muito tempo na oposição, mas não é o que os portugueses pensam.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Vamos ver!

O Orador: - E devo dizer-lhe uma coisa: quem tem contribuído, não direi em primeiro lugar mas muito, para que nós não estejamos muito tempo na oposição são os senhores, o vosso Governo e o vosso Primeiro-Ministro.
O Sr. Deputado Guilherme Silva utilizou aquelas frases recorrentes, que são a "bengala" de quem não tem mais argumentos, dizendo que nada há de novo, que não há novas ideias, que não há propostas concretas. Podia recordar-lhe aqui muitas coisas, mas por que é que o Sr. Deputado não está atento às nossas opiniões, por exemplo, sobre as SCUT?!

O Sr. José Junqueiro (PS): - Bem lembrado!