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0432 | I Série - Número 009 | 07 de Outubro de 2004

 

aos portugueses, antes da eleições, baixar os impostos, como fez o PSD, e que passados dois meses eles tenham, de imediato, aumentado. Isso não faremos!

O Sr. José Junqueiro (PS): - Bem lembrado!

O Orador: - E não o faremos por várias razões, das quais apenas lhe destaco uma: um dos factores que mais contribui para a qualidade da democracia é a transparência e um relacionamento sincero e honesto entre governantes e governados. O Partido Socialista não quer apenas conquistar o poder para executar o seu programa político, também quer dar o seu contributo para melhorar a qualidade da democracia e para fazer com que muitos portugueses que se sentem hoje desafectados politicamente possam voltar à participação política. Foi esse o exemplo que demos quando 36 000 militantes do PS votaram nas eleições internas.

Aplausos do PS.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): - Não respondeu!

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, transmito-lhe também as nossas saudações pelo Congresso que se realizou e, naturalmente, felicitações à nova Direcção do Partido Socialista que tomou posse na sequência do debate do partido.
Creio que é bom sinal que se tenha concluído o processo "congressual" do Partido Socialista, pois são precisos muitas e muitos de mangas arregaçadas para combater politicamente uma situação que se degrada a olhos vistos. Sabemos agora que um Governo que tem três meses, depois de dois anos e meio, entrou já na fase de um delírio de antropofagia, em que a maioria se come a si própria…

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Muito bem!

O Orador: - … e dá o sinal fundamental de que na ânsia do controlo da comunicação social está disposta até a atropelar o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.

O Sr. Jorge Nuno Sá (PSD): - Demagogia é a "prata da casa"!

O Orador: - Custe o que custar, faça o que fizer, esta maioria quer o poder e não quer debate público algum!
É, portanto, bom sinal que as oposições se possam dispor a um combate político frontal para uma alternativa. Por isso, aliás, quero transmitir os agradecimentos a todas as referências que, merecidas ou desmerecidas, foram feitas no Congresso do Partido Socialista ao Bloco de Esquerda, porque agradecemos umas como outras - e talvez mais outras do que umas… - com muito entusiasmo.
Realmente, coloca-se um ponto fundamental: o PS discutiu coligações, nós discutimos alternativas. E para nós não existe outra forma de clarificar politicamente os caminhos à esquerda e na política no País que não apresentá-los em propostas aos portugueses. São os portugueses que têm de decidir, e, no dia em que o PS apresentar as suas alternativas de governo, os portugueses escolherão entre essas e aquelas de que o BE será portador, tal como, certamente, outros partidos. Alternativas de resposta - é assim que a esquerda se esclarecerá!
Desse ponto de vista, porém, registo alguma "diabolização" da esquerda no debate do PS, até algum tom de guerra fria, o que significa um regresso ao passado que não é, certamente, desejável.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Muito bem!

O Orador: - Sei que há socialistas europeus que aceitam o directório e que acham que as regras do mercado têm de ser liberais; sei que há socialistas que são "atlantistas" e que, por isso, não vêem outro horizonte senão o poder da Casa Branca e a influência da NATO na ordenação internacional,…

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Muito bem!