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0434 | I Série - Número 009 | 07 de Outubro de 2004

 

Contamos consigo, Sr. Deputado Francisco Louçã, para que, sentado nesse lugar, possa ajudar à concretização de um projecto do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, começo, naturalmente, por saudar a eleição do novo Secretário-Geral do PS e dos seus dirigentes nacionais.
Compreendemos o entusiasmo manifestado agora mesmo pelo Sr. Deputado a propósito dessa eleição, porventura já compreendemos menos que nesse entusiasmo se tenha esquecido de fazer qualquer referência ao passado recente do PS.

A Sr.ª Maria Santos (PS): - O que é que isso quer dizer?!

O Orador: - O Sr. Deputado está tão lançado para o futuro que do passado nenhuma referência quer fazer e no presente a única referência que encontrou por comparação foi relativamente a outro partido com assento parlamentar, quando devia encontrar essa comparação dentro do PS, não fora dele. A razão de regozijo pela nova eleição do Secretário-Geral do PS deverá encontrá-la no PS muito mais do que fora dele.
A verdade é que nessa comparação, que dentro do PS deveria ter feito, palavra nenhuma tomou.

O Sr. José Junqueiro (PS): - Não se percebe nada, Sr. Deputado! Explique em português o que quer dizer!

O Orador: - Mas lá saberá porquê, Sr. Deputado!
Importam-nos muito mais as ideias, sendo que o Sr. Deputado teve hoje uma ocasião muito boa para demonstrar ao Parlamento, e através dele ao País, o que é que o novo PS se propõe um dia implementar, caso e quando venha novamente a governar os destinos de Portugal. O Sr. Deputado, a este propósito, não nos apresentou uma única ideia. Mais: até a um repto lançado pelo Sr. Deputado Guilherme Silva sobre pactos de regime suscitados pelo Sr. Primeiro-Ministro, que seriam bons para o País e que contribuiriam em muito para o trabalho dos Deputados no Parlamento, respondeu coisa nenhuma.
Ontem, o Sr. Deputado José Sócrates, a propósito daquilo que seria a sua acção governativa, também não foi capaz de trazer nada de novo. Falou de aborto, de rendimento mínimo, de SCUT's, mas tudo isso são ideias velhas do PS. São essas ideias velhas do PS que o novo Secretário-Geral se propõe implementar no País caso venha a formar governo? É isso o que os portugueses precisam de saber!
Quais são as novas ideias que o Sr. Deputado José Sócrates, e através dele o PS, se propõe apresentar para o País?
O que disse é, de facto, muito pouco, Sr. Deputado António José Seguro, para quem pede aos portugueses uma maioria absoluta. O Sr. Deputado pede aos portugueses uma maioria absoluta com base em quê?

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Exactamente!

O Orador: - Com base em que ideia? Em que projecto? Em que programa? Que traço distintivo tem este PS daquele de um passado recente que permita ou ajude os portugueses a decidir de acordo com o repto que lhes lança?

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Acresce um outro aspecto importante sobre o qual seria bom que o Sr. Deputado conseguisse esclarecer a Câmara e, mais uma vez, através dela, os portugueses, relacionado com o projecto de governo do PS.
O Sr. Deputado foi agora esclarecedor quando referiu que o PS vai sozinho a votos nas próximas eleições legislativas.