21 | I Série - Número: 075 | 26 de Abril de 2007
do de identidade colectiva. As novas gerações devem ver Portugal como uma comunidade que possui um destino singular num mundo globalizado.
Os jovens têm de se rever no seu país, no país que têm e no país que ambicionam ter. Para tanto, é fundamental que as novas gerações saibam como chegámos até aqui, o muito que fizemos para aqui chegar e que o aqui onde estamos será sempre o ponto de partida para novos destinos.
Portugal tem uma história de séculos, que nos diferencia e nos identifica. Deixámos marcas por todo o mundo. Falamos uma língua que é partilhada por milhões de seres humanos. Possuímos um património material e imaterial que temos a obrigação de preservar e de legar às gerações vindouras. É em torno da defesa desse património e dessa cultura multissecular que, sem saudosismos ou passadismos de qualquer espécie, deve ser construído um novo sentimento patriótico.
Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr.as e Srs. Deputados: Quero terminar renovando o meu apelo aos jovens portugueses: não se conformem! Há precisamente um mês, no passado dia 25 de Março, o Fórum Europeu da Juventude emitiu a Declaração de Roma, a qual termina de uma forma expressiva: «Ouçam o que temos para dizer, perguntem-nos o que precisamos e depois actuem!».
É esta a mensagem com que a juventude interpela a Europa e os seus dirigentes.
A política, nos nossos dias, é inconcebível sem o contributo das novas gerações. Por isso, tenho procurado ouvir os jovens no decurso dos «roteiros» que lancei, aqui, nesta Câmara, há um ano. De todos recebo sinais de incentivo e de esperança. É tempo de actuar. Vivemos um ano decisivo para realizar reformas de fundo em domínios essenciais da nossa vida colectiva.
O futuro não pode ser adiado. Apelo, por isso, aos jovens, neste aniversário do 25 de Abril. Com a liberdade de que dispõem, irão até onde a vossa ambição vos quiser levar. Daqueles que nasceram e cresceram em democracia só podemos esperar o melhor. Agora tudo depende de vós e do vosso inconformismo. Em nome de Portugal, não se resignem!
Aplausos do PS, do PSD e do CDS-PP, de pé.
O Sr. Presidente da Assembleia da República: — Declaro encerrada a Sessão Solene Comemorativa do XXXIII Aniversário da Revolução do 25 de Abril.
Neste momento, a Banda da Guarda Nacional Republicana, colocada junto aos Passos Perdidos, executou o hino nacional, que foi cantado de pé.
Aplausos gerais, de pé.
Eram 11 horas e 45 minutos.
Srs. Deputados não presentes à sessão por se encontrarem em missões internacionais:
Partido Socialista (PS): Leonor Coutinho Pereira dos Santos Manuel Francisco Pizarro de Sampaio e Castro Maria Manuela de Macedo Pinho e Melo Rosa Maria da Silva Bastos da Horta Albernaz Vitalino José Ferreira Prova Canas
Partido Social Democrata (PSD): Fernando Mimoso Negrão
Srs. Deputados que faltaram à sessão:
Partido Socialista (PS): Alberto Arons Braga de Carvalho Alcídia Maria Cruz Sousa de Oliveira Lopes Aldemira Maria Cabanita do Nascimento Bispo Pinho António José Martins Seguro Deolinda Isabel da Costa Coutinho Hugo Miguel Guerreiro Nunes Isabel Maria Pinto Nunes Jorge João Raul Henriques Sousa Moura Portugal Joaquim Augusto Nunes Pina Moura