11 | I Série - Número: 076 | 27 de Abril de 2007
se de Portugal e da comunicação social, que acompanhou a par e passo toda a campanha.
Os que vaticinaram o declínio do CDS certamente ficaram surpreendidos com a vitalidade que o partido demonstrou. Nós não! O CDS tem o sentido vital da sua existência e tem muito para dar à democracia portuguesa.
Aplausos do CDS-PP.
Estas eleições directas serviram, de facto, para mobilizar o CDS, para dinamizar o CDS e são a prova de que o CDS sempre soube, ao longo dos seus 32 anos de história, transformar as dificuldades em oportunidades.
O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!
O Orador: — No passado sábado, ao longo de mais de seis horas, em cerca de 150 mesas em todo o território nacional, numa organização que envolveu cinco centenas de voluntários, mais de 7500 militantes puderam exercer o seu direito de voto.
As urnas «falaram». Contados os votos, todos os votos, o resultado foi expressivo. A vontade dos militantes foi clara e inequívoca. O novo presidente do CDS foi eleito com uma maioria de 75%, com mais de 5500 votos de militantes.
Aplausos do CDS-PP.
Permitam-me que, em nome do nosso Grupo Parlamentar, cumprimente, em primeiro lugar, o candidato que não venceu, o Dr. José Ribeiro e Castro, mas que felicite, acima de tudo, e principalmente, o novo presidente do CDS, o Deputado Paulo Portas.
Aplausos do CDS-PP.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Estas eleições e este resultado representam uma oportunidade clara para o CDS. Representam a oportunidade de voltar a unir o partido, com o respeito pela diferença e pela pluralidade de opinião e de expressão; representam a oportunidade de voltar a dotar o CDS de uma articulação entre todos os seus órgãos, com respeito pela competência e pelas atribuições de cada um; representam a oportunidade de descomprimir a vida interna do CDS, reafirmando a existência de um partido estável e confiável no espaço do centro-direita; representam, acima de tudo, a oportunidade clara de voltar a ter um partido aberto, moderno, inovador, competente, com experiência e apetência de governo e de dar solução aos problemas mais concretos da sociedade portuguesa.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Orador: — Mas representa também, e acima de tudo, a oportunidade de uma nova forma de fazer oposição e o dever de marcar um novo rumo para esta Legislatura.
O CDS quer ser uma oposição firme, mas leal; uma oposição crítica, mas responsável; uma oposição serena, e por isso mesmo credível.
Este Governo, de maioria socialista, precisa de uma fiscalização mais activa, mais visível, mais eficaz.
O Sr. José Junqueiro (PS): — Isso é um exagero!
O Orador: — Uma oposição mais activa na crítica dos ministérios politicamente inexistentes e dos ministros pouco competentes; uma oposição mais visível na denúncia dos sinais evidentes da arrogância e da acumulação de poder pessoal na esfera deste Primeiro-Ministro; uma oposição mais eficaz na fiscalização efectiva dos grandes projectos e das reformas prometidas pelo PS e muitas vezes adiadas ou só parcialmente concretizadas.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Só é possível ter-se firmeza na oposição quando se tem confiança na alternativa.
Aplausos do CDS-PP.
O CDS assume-se hoje como uma alternativa, tendo um discurso diferente, ideias diferentes e um projecto diferente.
Queremos um CDS que seja coerente e inovador. Coerente na defesa da sua unidade essencial, mas inovador na abertura e aceitação de correntes de opinião internas no partido; coerente na prioridade ao social, à defesa dos mais fracos e dos mais desprotegidos, mas inovador no crescimento e alargamento