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13 | I Série - Número: 084 | 18 de Maio de 2007

cada vez mais pobre, mais pequena, mais parada, mais prisioneira e mais periférica.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — É verdade!

A Oradora: — Esta situação dramática, Sr. Deputado, é o resultado de políticas injustas, inaceitáveis e completamente desequilibradas que o actual Governo está a seguir.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

A Oradora: — E é com atitudes como aquela que hoje aqui, com todo o respeito, V. Ex.ª, infelizmente, manifestou, em desacordo total em relação aos seus autarcas, que mais dia menos dia o interior corre o risco de ser terra de quase nada e terra de quase ninguém. É caso para dizer que há pessoas por quem, apesar de ter nascido e estando no interior, o interior não passou, como é o caso de V. Ex.ª.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — É verdade!

A Oradora: — Mas olhe, Sr. Deputado, haja saúde! Pelo menos haja saúde! Porque nós, de facto, não vamos baixar os braços, não vamos conformar-nos e vamos continuar a exigir que para a Guarda e para o interior sejam criadas as mesmas oportunidades que foram criadas noutras regiões do País, como é o caso do litoral.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Oradora: — É isto que eu gostaria que acontecesse e faço-lhe o desafio de ter coragem de dizer claramente nesta Câmara e no interior que, de facto, não concorda com aquilo que está a fazer-se ao interior, que é maltratá-lo, abandoná-lo e tornar as pessoas cada vez mais excluídas e mais isoladas. É isso que eu o convido a fazer, num exercício sério, responsável e, acima de tudo, de respeito pelas nossas terras.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para tratamento de assunto de interesse político relevante, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Coutinho.

A Sr.ª Isabel Coutinho (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Falo-vos hoje sobre a iniciativa Novas Oportunidades, apresentando-vos uma análise séria dos resultados recentemente apresentados pela Sr.ª Ministra da Educação e pelo Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Propaganda!

A Oradora: — Entendo que o ruído e a chicana política não podem distrair-nos do que é efectivamente relevante e estruturante para o destino do nosso país.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Oradora: — Para nós, socialistas, não só é importante mas prioritária a qualificação dos portugueses.
Há quem tente, irresponsavelmente, desvalorizar o objectivo político traçado para a qualificação, resumindo-o a um programa de intenções, mas os resultados estão aí, aptos a convencer o mais sectário dos pessimistas. Porque nunca é de mais relembrar que entre as razões do atraso que nos separa dos países mais desenvolvidos encontramos o baixo nível de qualificação da população portuguesa como uma causa indiscutível.

Aplausos do PS.

De acordo com os dados da OCDE, o crescimento do PIB em Portugal poderia ter sido em média mais 1,2 pontos percentuais todos os anos entre as décadas de 70 e 90 se os nossos níveis de escolaridade estivessem equiparados à média da OCDE, mas tal não sucedeu. Esta foi a consequência do abandono do sistema educativo por parte de milhares de jovens no ensino básico, sem frequência do nível secundário, que os remeteu para um mercado de trabalho pouco qualificado, e, por outro lado, das baixas expectativas de muitos jovens que não encontraram motivação e sentido para novas perspectivas de vida.
Por isso, a escola portuguesa, no seu sentido lato, necessita de actualizar as suas práticas e fundamentos, alargando a sua intervenção no espaço e no tempo, assumindo como princípio basilar a ideia de que a formação e a aprendizagem deverão ser feitas ao longo da vida, reforçando a aposta no desígnio europeu e