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30 | I Série - Número: 087 | 25 de Maio de 2007

e para o turismo de saúde e bem-estar, com uma integração territorial que evite os erros cometidos em outros pontos do País e com uma marcada preocupação ambiental, por exemplo, ao assumir o desafio da utilização das águas residuais tratadas na rega dos campos de golfe.
Também desafios como o da construção do novo aeroporto internacional na Ota, apoiado entusiasticamente pelos cerca de 500 congressistas, que, com «satisfação», saudaram a «firmeza do Governo» na concretização do projecto.

Aplausos do PS.

Uma firmeza que contrasta com a volatilidade das opiniões do líder do PSD.
Nos últimos meses, ficou claro que o Dr. Marques Mendes, que se calou no poder, não é o mesmo que verbera agora contra a construção do novo aeroporto na Ota; ficou claro que tem um discurso na oposição diferente daquele que teve no exercício do poder, ou, pelo menos, que quando cala não consente, resigna-se; ficou claro que tudo isto soa a oportunismo, a populismo e a uma inacreditável falta de coerência.
A opção da Ota é, naturalmente, do interesse regional, mas é a única que assegura o sentido de responsabilidade do Estado português, que impôs medidas preventivas nos terrenos de implantação do novo aeroporto,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — também era melhor!…

O Orador: — … que efectuou diversos estudos centrados na opção Ota, que negociou com a União Europeia financiamento comunitário para a essa localização e que configurou todo o planeamento regional pressupondo a construção do novo aeroporto, projectando na revisão dos diversos planos directores municipais essa orientação.
É por isso que a opção da Ota é um assunto de amplo consenso social, político e económico nas Caldas da Rainha, no Oeste, no distrito de Leiria, no norte do distrito de Lisboa e no distrito de Santarém, com a adesão esmagadora dos principais protagonistas políticos do PSD. Aliás, em coerência com as posições assumidas pelos governos PSD/PP.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Um amplo consenso que saberá transformar as ameaças em oportunidades de desenvolvimento e de melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, no reforço da identidade regional, da sua paisagem entre a serra e o mar, da sua memória colectiva e de um desenvolvimento rural equilibrado, para o qual, manifestamente, não contribuíram as recentes alterações à área de intervenção da LeaderOeste; na dinamização dos sectores tradicionais da hortofruticultura, da vinicultura, da cerâmica, do vidro, da cutelaria, da maquinaria agrícola e do termalismo; no investimento no sector pesqueiro, associando-o à imagem de marca económica da região e ao turismo; na competitividade territorial e na qualificação dos cidadãos, na inovação, nas energias renováveis e na ligação às instituições do ensino superior.
Mas falo de um consenso que não se fica nos desafios e estende-se também às ameaças.
A necessidade de avaliação intermunicipal dos impactos da construção do novo aeroporto na Ota e do aumento de oferta turística, por exemplo, ao nível do ordenamento do território, das acessibilidades ou das necessidades de cuidados de saúde para os residentes e para os turistas.
O impasse da Linha do Oeste, outrora factor de coesão territorial e de mobilidade, actualmente um obstáculo à coesão de cidades como Torres Vedras ou Caldas da Rainha, sem investimento público que requalifique a linha férrea e a oferta de transporte, tornando-a atractiva às necessidades de mobilidade dos cidadãos.
A lentidão do processo de relançamento do termalismo caldense, através da atribuição de uma nova concessão de uma nova unidade termal.
As dificuldades de sectores económicos tradicionais como o da indústria cerâmica.
A morosidade na resolução dos problemas da Lagoa de Óbidos, na sua classificação ambiental, nas intervenções urgentes, na sua preservação face à pressão humana e imobiliária, e a salvaguarda das principais referências ambientais do Oeste.
A instabilidade das ofertas educativas da Região Oeste. Por exemplo, a Escola Superior de Arte e Design de Caldas da Rainha permanece em regime de instalação há mais de 13 anos.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Nos desafios, como nas ameaças, a Região Oeste enfrenta um ano decisivo e de esperança. Um ano de confiança nas capacidades dos homens e das mulheres que vivem e trabalham neste território de 13 municípios, um ano para afirmar o Estado como uma pessoa de bem, que não muda de opinião como quem muda de camisa, na Ota como em outras questões.

Aplausos do PS.