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20 | I Série - Número: 003 | 22 de Setembro de 2007

ter sido eleito líder do CDS-PP, apresentar-se aqui com a maior desfaçatez e reclamar do Governo mais apoios à habitação, quando esteve três anos num governo que acabou com todos os benefícios fiscais à habitação, nomeadamente nas contas poupança? Que moral tem o senhor?!

Aplausos do PS.

Ah! Já percebi! O Sr. Deputado não gosta que lhe falem nesses três anos. Estava convencido, portanto, que regressava à política uns anos depois e que ninguém se ia lembrar que foi o governo de que fez parte que terminou com as bonificações dos juros. Já ninguém se lembraria, portanto, de que foi o governo em que o senhor esteve que acabou com as contas poupança!… Ó Sr. Deputado, tanta demagogia é demasiado visível! Quer dizer: no governo, o senhor acabou com essas situações porque contrariavam o equilíbrio das contas públicas. Agora que está na oposição, pede ao Governo o favor de ter mais atenção! Sr. Deputado, poupe-nos a tanta demagogia.
Depois, o Sr. Deputado vem dizer que o Governo fala em retoma quando ela não existe? Que me lembre, quem falou em retoma foi justamente o Sr. Deputado quando estava no governo. Na altura, o senhor veio aqui várias vezes fazer o discurso da retoma.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Todos os meses!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E depois, em vez da retoma, tivemos recessão! Mas este Governo não fala nisso. Nós não anunciamos retomas, porque estas provam-se, não se anunciam!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Está a falar para o Ministro da Economia?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que nós temos neste momento é uma situação económica com crescimento sustentado, com as exportações a crescer, com o investimento, pela primeira vez, a dar sinais positivos, e com uma perspectiva de crescimento para este ano de 1,8%, o que é muito bom, porque é um crescimento que se dá exactamente no momento em que pomos as contas públicas em ordem.
Quando o Sr. Deputado quiser falar de economia, não se esqueça de que esteve num governo que falhou na economia e de que ainda não reconheceu esse falhanço. Ainda não reconheceu que falhou na consolidação das contas públicas e no crescimento económico.
Este Governo tem dois anos e meio e uma coisa lhe posso garantir, Sr. Deputado: nós vamos pôr as contas públicas em ordem e, ao mesmo tempo, a economia portuguesa vai crescer, porque só crescendo e aumentando a riqueza é que pode oferecer a Portugal uma perspectiva mais optimista do seu futuro.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Eu sei bem quais são as prioridades deste Governo…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e as coisas medem-se por resultados. Em matéria orçamental, temos um bom resultado que podemos comparar com os seus três anos e, em matéria económica, no ano passado, crescemos mais do que nos três anos em que o senhor esteve no governo.
Lamento muito ter de lhe recordar os seus três anos de governo. Se esperava que nos esquecêssemos, Sr. Deputado, enganou-se.

Aplausos do PS.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Quer falar dos outros seis em que também esteve no governo?!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, uma das coisas que o Sr. Primeiro-Ministro ainda não percebeu é que o tempo que falta para as eleições, que o senhor vai perder,…

Vozes do PS: — Ah!…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — … é inferior ao tempo que já passou desde as eleições que o senhor ganhou.