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14 | I Série - Número: 025 | 13 de Dezembro de 2007

O Sr. Deputado referiu os projectos de interesse turístico. Excluindo o do Alqueva, pergunto quantos PIN há no interior. Consegue dizer-me quantos há? Já agora, comunico-lhe que, para além dessa sua visão idílica, as coisas vão piorar e, por isso, seria bom que o Partido Socialista e a respectiva bancada pudessem dizer quantos técnicos e quantos funcionários públicos serão reformados nos próximos anos, piorando ainda mais as condições de atendimento do interior.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, depois de ouvirmos o discurso de deslumbramento do Sr. Deputado Mota Andrade, vamos lá «pôr os pés no chão» do interior deste país.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Deputado Mota Andrade, convinha que esse seu discurso fosse devidamente explicado às populações de Bragança, da Guarda, de Castelo Branco e de outras do interior do País para esclarecer o que está a acontecer aos consumidores portugueses, que, em vez de consumirem em Portugal, consomem em Espanha, porque o IVA é 5% mais baixo, e, em vez de consumirem combustíveis em Portugal, vão consumi-los em Espanha, porque aí os impostos sobre os combustíveis são mais baixos.
Convinha ainda que o Sr. Deputado esclarecesse por que é que as empresas, em vez de se localizarem em Portugal, vão localizar-se em Espanha, e por que é que a rede das pequenas empresas comerciais, devido ao aumento de 50% das contribuições para a segurança social, em vez de se manter viva, está a encerrar.
Finalmente, era bom que explicasse qual a razão do enorme fluxo de trabalhadores que, nomeadamente em Bragança, passa, todas as semanas, de Portugal para Espanha e de Espanha para Portugal.

Aplausos do PSD.

Convinha, Sr. Deputado, que explicasse isto às populações do interior, para elas perceberem que estes deslumbramentos de V. Ex.ª mais não são do que uma prova de solidariedade para com o Governo socialista de Espanha, que tem tudo a ganhar com estas medidas penosas que o Governo impõe às populações do interior.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Mota Andrade.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Semedo, pensava que, sendo V. Ex.ª médico, fosse mais rigoroso e, pelo menos em matéria tão séria como a da saúde, não fosse tão demagógico.
É que nascimentos em ambulâncias, como V. Ex.ª sabe, sempre houve. Nós não queremos que haja, mas sempre houve. E V. Ex.ª sabe…

Risos e Protestos do PSD.

Tenham calma, Srs. Deputados do PSD, já aí chego! Como dizia, Sr. Deputado João Semedo, V. Ex.ª sabe muito bem por que é que sempre houve. Houve porque nunca foi feito, como devia, um acompanhamento às mulheres que vão ter os seus filhos, nomeadamente às pertencentes aos estratos sociais mais baixos da população — e é isso que temos de combater.
Dou-lhe o meu exemplo pessoal, da minha família: a minha mulher teve duas filhas, no Porto. Na altura, não havia estradas, Sr. Deputado, mas ela não teve qualquer problema, porque foi sempre devidamente acompanhada.
Por isso, se o Sr. Deputado «puser a mão na ferida» e disser «vamos dar condições aos estratos sociais mais baixos da população», conte connosco! Agora, vir com discursos demagógicos sobre nascimentos em