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42 | I Série - Número: 025 | 13 de Dezembro de 2007

importante, seja do ponto de vista simbólico, seja sobretudo do ponto de vista prático, é o Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, que será sediado em Braga e não em Lisboa nem no Porto.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — E será justamente sediado numa universidade que pode muito bem potenciar com essa realização.
Finalmente, Sr. Deputado José Soeiro, não me interprete mal. Citei a demografia que distingue entre o envelhecimento no topo e o envelhecimento na base. E digo que o envelhecimento no topo é bom, pois quer dizer que as pessoas vivem mais tempo! O que é mau é o envelhecimento na base, isto é, existirem poucas crianças.

O Sr. José Soeiro (PCP): — Hoje temos duplo envelhecimento no interior!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Por isso é que as nossas políticas de natalidade fomentam o rejuvenescimento na base. É disso que precisamos! E são importantes também para o interior.
Para terminar, Sr. Presidente, o Sr. Deputado Adão Silva citou Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e citou muito bem, porque é um grande romance. No entanto, gostaria de lhe dizer que quando ouço o PSD/PSD lembro-me de Jorge Amado e daquele romance, também fabuloso e divertidíssimo, Dona Flor e seus Dois Maridos, porque o PSD, neste momento, parece uma Dona Flor: nunca se sabe, dependendo do marido que fala, o que quer a Dona Flor.

Risos e aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar ao período de encerramento do debate.
Tem a palavra o Sr. Deputado Mendes Bota.

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A forma como, na fase final da sua intervenção, o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares aqui se exprimiu demonstra à saciedade a ligeireza com que o Governo encarou este debate, que o PSD entendeu por bem marcar para hoje.
O PSD desde já declara — e essa é uma certeza — que, a seu tempo, quando considerar oportuno, tornará público e trará a esta Câmara um conjunto de propostas aprofundadas e de forma integrada sobre aquilo que entende dever ser um programa de revitalização do interior de Portugal.
Não vamos hoje, aqui, num debate de agendamento potestativo — que, no nosso direito pleno, escolhemos que não acompanhasse uma iniciativa legislativa —, ter de dar respostas a toque de caixa seja do Partido Socialista seja do Governo, que por ele é apoiado.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Mendes Bota (PSD): — O Governo apresentou-se neste debate mais desertificado do que o País.
Das suas 17 cadeiras ministeriais, apenas uma se apresentou ocupada: trata-se de uma taxa de desertificação de 94 %, o que é um mau sintoma do grau de preocupação real que o Governo presta ao problema da desertificação e do despovoamento do País.

Aplausos do PSD.

Portugal é um Estado centralista e centralizado, o país europeu que menos equitativamente redistribui os dinheiros públicos. O Estado central gere 87% das receitas públicas e é responsável por apenas 48% do investimento público.
A desertificação das actividades humanas atinge já hoje três quartos do território nacional. Poder-se-ia chamar com propriedade «área larga de evacuação humana», fruto não só de problemas no desenvolvimento económico mas também, e obviamente, dos fogos florestais, do abandono da agricultura, da falta de investimentos, da falta de empregos, da falta de infra-estruturas, da erosão, da perda da biodiversidade, do