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42 | I Série - Número: 040 | 26 de Janeiro de 2008

lembrar aos Srs. Deputados, porque falam numa crise do sector e eu penso que não há crise nenhum no sector do leite.
Trata-se de um sector dinâmico que está a remunerar os agricultores e a aproveitar as oportunidades de mercado, e que irá continuar assim, porque mostrou capacidade de reorganização!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para colocar perguntas, a Sr.ª Deputada Rosário Cardoso Águas.

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Agricultura, queria apenas colocar-lhe duas questões.
O Sr. Ministro há pouco afirmou aqui, neste debate (aliás, por duas vezes), que não irá roubar o cadastro à Casa do Douro. Longe de mim pôr em causa a sua palavra, para mais proferida na Assembleia da República.
Aquilo que me parece útil é assegurarmos que temos o mesmo conceito de roubo do cadastro. E, por isso, queria saber se garante que o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) não vai utilizar a informação que está no cadastro sem cumprir o que está previsto no protocolo que, entretanto, o Sr. Ministro rescindiu.
A questão é que o senhor rescindiu o protocolo e está a aproximar-se a nova campanha vitivinícola. Então, onde é que vai buscar a informação? É esta a pergunta que quero deixar-lhe.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — A segunda questão — e já quase não tenho tempo — é sobre a utilização dos fundos do III Quadro Comunitário de Apoio.
O relatório da Comissão de Gestão do QCA III prova que houve uma perda de cerca de 70 milhões de euros por causa da utilização e aplicação da «regra da guilhotina». Portanto, gostava de saber como é que o Sr. Ministro explica uma tão má prestação na gestão e na utilização dos fundos comunitários.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Agricultura.

O Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, já falei sobre o cadastro e disse que era a última vez que o faria.
Para seu esclarecimento, uma vez que continua com dúvidas, devemos lembrar a esta Câmara que o protocolo que refere foi homologado por um Sr. Secretário de Estado do governo do seu partido,»

A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — E então? Não é válido?

O Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: — » na vçspera da eleições, em Fevereiro de 2005. Veja lá: foi, a correr, homologar um protocolo que a Casa do Douro nunca assinou!...

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Isso é mentira!

O Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: — Veja lá que a questão do cadastro e o contrato de prestação de serviços pressupunha um caderno de encargos, o qual estabelecia que o IVVP pagaria x pela utilização do cadastro. O IVVP começou a pagar e o caderno de encargos nunca foi assinado pela Casa do Douro! Portanto, Sr.ª Deputada, aquilo que o IVVP comprou à Casa do Douro e pagou pode utilizar, aquilo de que necessitar no futuro e que não pagou vai ter de pagar. Espero que perceba o que estou a dizer-lhe!! Portanto, o famoso protocolo nunca entrou em vigor juridicamente porque o caderno de encargos nunca foi asseando pela Casa do Douro.
Há mais, Sr.ª Deputada.