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26 | I Série - Número: 041 | 31 de Janeiro de 2008

Sousa, os senhores, que tanto dizem que conhecem como ninguém a realidade das empresas, dos sindicatos e dos trabalhadores em Portugal,»

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Melhor do que o senhor!

O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — » deviam saber que adaptar os horários de trabalho»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Então e a resposta?!

O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — » conciliando a vida familiar com as necessidades de uma economia competitiva, uma economia que garanta empregos e crescimento económico, é o desafio do futuro, é o desafio do progresso!

Protestos do PCP.

Aqueles que, por imobilismo, julgam que vivemos no século XIX — já nem é no século XX, é no século XIX!» — ,»

O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas o seu discurso é dessa época!

O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — » nos horários fechados que então vigoravam, não estão a fazer mais do que a condenar os trabalhadores ao risco de mais desemprego! Essa é a vossa proposta! Essa é a vossa posição!

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Esse é que é o discurso do século XIX!

O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — A resposta, a melhor resposta, está a ser dada pelos sindicatos, pelas empresas e pelos trabalhadores que, nos contratos de trabalho, nos acordos de empresa, têm, de facto, a capacidade de adaptar o seu horário de trabalho às necessidades das pessoas e das empresas!

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — São essas as empresas que estão a ser competitivas, são as que estão a ter mais emprego e melhores salários. É disso, provavelmente, que os senhores não gostam!

Aplausos do PS.

Protestos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, de facto, é espantoso como o Sr. Ministro do Trabalho até consegue revolver e pôr a História ao contrário. Então, nós não sabemos que a conquista da jornada de trabalho, designadamente das 8 horas, constitui um avanço civilizacional da nossa época contemporânea?!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Oiça que é uma lição!