57 | I Série - Número: 052 | 23 de Fevereiro de 2008
existência dessa rede, antes de começar a encerrar e a cortar. Não teríamos começado pelo fim, mas pela base. E, certamente, que não teríamos deixado as populações desprotegidas, como os senhores deixaram.
Protestos do PS.
Os senhores não são capazes de reconhecer o bom senso, porque, desculpem, perderam qualquer tipo de discernimento e vão arrepender-se mais tarde. Enquanto cidadãos e enquanto Deputados, vão arrepender-se de ter perdido o bom senso e o raciocínio!
Protestos do PS.
Por que não começaram a requalificação da rede de urgências, por exemplo, em Lisboa? Lisboa tem quatro serviços de urgência a funcionar em permanência, ao contrário de outras cidades europeias que têm uma população dez vezes superior à nossa — como é o caso de Paris que, para 10 milhões de habitantes, tem um serviço de urgência a funcionar em permanência.
O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): — Isso é falso!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — «Por qué no te callas», Sr. Deputado Ricardo Gonçalves…?
Protestos do PS.
Risos.
Os senhores, como não têm coragem de enfrentar a população de Lisboa, encerram serviços de saúde no interior, onde deveriam existir benefícios e se deveria apoiar a interioridade para não haver uma maior desertificação. Com Lisboa não se metem e mantêm quatro urgências abertas. Isso não é um aproveitamento de sinergias ou uma gestão eficaz dos recursos! Relativamente às maternidades, para verem que, ao contrário dos senhores, não somos contra tudo e contra todos ao mesmo tempo…
Protestos da Deputada do PS Fátima Pimenta.
Ó Sr.ª Deputada, cale-se um segundo!
Protestos do PS.
Como estava a dizer, relativamente às maternidades, reconhecemos que é necessário prosseguir com uma reforma iniciada no tempo do primeiro-ministro Cavaco Silva e da ministra da Saúde Dr.ª Leonor Beleza, com a qual, através de um plano efectuado e projectado pelo Prof. Albino Aroso, se procedeu ao encerramento de 150 maternidades.
Protestos do PS.
Isto faz-nos pensar o que é que se prefere: se é um serviço de obstetrícia que faz 200 partos por ano ou um que faz 1500 ou 1600. É evidente que temos de garantir a segurança, mas os senhores não pensaram…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Excepto se for privado!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Obviamente, isto aplica-se ao público e ao privado! Estamos cá para ver se os senhores vão estar tão preocupados com a segurança das mães e das crianças quando surgirem iniciativas privadas…