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9 | I Série - Número: 053 | 29 de Fevereiro de 2008


O Sr. Presidente: — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Sr.as e Srs. Deputados: Este é um debate dito de actualidade, em cima de uma declaração inflamada e mediatizada, mas, devo dizer, de justeza muito duvidosa.
Este debate nasce em cima de uma entrevista de um bastonário — é bom que tenhamos disto consciência —, alguém que, representando uma profissão que passa dificuldades, por razões que vão muito além disto, à míngua de melhores soluções, lança o que, emocionalmente, vende bem. E tenhamos consciência de que «dar fogo» nos políticos, neste País, vende bem e há muito quem «dê para esse peditório». Devo dizer que nós não «damos para esse peditório»!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — De acordo com essa declaração, advogado não podia ser Deputado mas já podia ser jornalista, com tudo o que isso implica.

O Sr. José Paulo Carvalho (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Pois nós, também não «damos para esse peditório»!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Tenhamos consciência de que há muito quem defenda a exclusividade do mandato dos Deputados, há quem defenda a funcionalização dos políticos. São quase sempre os mesmos e são quase sempre, também, aqueles que, depois, apontam o dedo, dizendo como os políticos fazem pouco e já ganham demasiado pelo que fazem.

O Sr. José Paulo Carvalho (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Por isso, na perversão do argumento, quem queira ser mais qualquer coisa para além de político, não o poderá ser, porque usa da sua função em benefício próprio.
Devo dizer que considero esta lógica e este raciocínio tão esquizofrénico que me custa ter aqui um debate minimamente racional…

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — … que vá para além daquilo que é o pendor eleitoralista que o motiva.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem! É preciso moralizar!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — E não me refiro, obviamente, ao PSD, que, do ponto de vista da oportunidade, tem-na toda, refiro-me a este debate de um ponto de vista genérico.
Sou daqueles que entende que é bom que os Deputados tenham vida para além do Parlamento.

Aplausos do CDS-PP.

Entendo que é bom que os Deputados não dependam financeiramente do Parlamento, até porque a dependência financeira do que quer que seja nunca foi boa conselheira.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!