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10 | I Série - Número: 053 | 29 de Fevereiro de 2008

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — É que, normalmente, um dia, fala mais alto e, às vezes, quando é mais preciso que assim não seja.
O que entendo é que o Parlamento deve ser um espelho do País. E é por isso mesmo que há aqui médicos, advogados, Deputados, jornalistas, docentes, operários, engenheiros… É assim que deve ser! Nós, os eleitos pelo povo, somos parte desse povo, representando-o! Não podemos ser menos do que isso!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Nem devemos querer ser uns párias do sistema que aceitamos a suspeição genérica de quem, olhando para aqui, já vê coisa pouca ou coisa que justifique a atenção do País.
O Parlamento é um órgão de soberania. O Parlamento não é a «mãe» de todas as liberdades só quando dá jeito, em discursos recorrentes sobre o 25 de Abril.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — O Parlamento é muito mais do que isso em cada dia do ano, ou, pelo menos, deve sê-lo.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — E quem, numa lógica quase autofágica, entende que «dá fogo» nos políticos, em si mesmo e naquilo que representa, convencido de que, nesse discurso contra os políticos e contra os Deputados, depois, se distingue e é melhor considerado, muito se engana.

Aplausos do CDS-PP.

É que, perante quem critica, não se distingue! É igual a todos os outros! Contudo, questão diversa é, obviamente, a das garantias que temos de ter, e que temos de dar, de que quem desempenha mandatos políticos não o faz em benefício próprio. Daí o regime das incompatibilidades, que é coisa bem diversa.
Se quiserem discutir o regime das incompatibilidades, cá estamos para o fazer, afinando-o, porque o regime das incompatibilidades que temos não nasceu «para português ver», para dizer que aqui, numa lógica mais ou menos de marketing conveniente e corporativo, temos que dar um sinal lá para fora! O regime das incompatibilidades que temos nasceu porque sentimos que há necessidade de garantir que esse aproveitamento no exercício do mandato não acontece. Se, nesse espírito, quiserem trabalhar o regime das incompatibilidades, sim senhor! De outra forma, não estamos cá para esse «peditório».
Sr. Presidente, termino dizendo que bom será que, mais do que discutirem aqui o regime das incompatibilidades, porque o País está atento ao que diz um bastonário e até se «inflama» com ele, mesmo que não tenha razão, queiram discutir, entre outras coisas, a qualidade da nossa democracia, porque também é isso que está em causa.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — E a democracia não tem qualidade, seguramente não se lhe assegura essa qualidade, se quiserem políticos de preferência mal pagos e que não façam mais coisa nenhuma, porque é isso que o povo quer e aplaude!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Nisto não têm razão! Até porque tenho a certeza que o povo consciente, o povo que vota conscientemente para o Parlamento e que vê que o Parlamento tem, na democracia, a única vantagem que nenhum outro órgão de democracia pode ter, está com este discurso, não