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35 | I Série - Número: 071 | 12 de Abril de 2008

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Primeiro-Ministro, regressando à questão da energia, temos consciência de que é um tema de particular importância e oportunidade.
E é de particular importância e oportunidade porque é basicamente uma questão estratégica no nosso desenvolvimento. Ela é estratégica no que respeita ao ambiente tout court, enquanto realidade que tem a ver com a vida, com a natureza e com as pessoas, à questão social e à questão económica.
A questão da energia toca profundamente todos estes níveis de desenvolvimento, quer seja ao nível do emprego, quer seja ao nível do próprio modelo de especialização produtiva nacional.
Por isso, há aspectos que queremos relevar particularmente. É o caso da aposta, que está a ser ganha, nos recursos endógenos, em termos da produção energética — e já aqui foi sobejamente falado no crescimento da utilização das energias renováveis ao nível das eólicas e das hídricas —, e é o caso também de um outro aspecto particularmente relevante que se refere à redução da nossa dependência externa. É essencial reduzirmos a nossa dependência estratégica energética externa.
Outra questão particularmente relevante consiste na necessidade de «emagrecermos» a nossa factura energética, sobretudo com uma incidência particular, que se prende com a questão que pretendo colocar ao Sr. Primeiro-Ministro…

Vozes do CDS-PP: — Ah!…

O Sr. Alberto Martins (PS): — Srs. Deputados, como sabem, nos termos do Regimento, o debate com o Sr. Primeiro-Ministro não precisa de ter perguntas, pode consistir em intervenções.

Risos do CDS-PP.

Leiam o Regimento! O debate pode consistir em intervenções comentadas, Srs. Deputados. É isso!

Risos do CDS-PP.

Vejo os Srs. Deputados do CDS particularmente incomodados com este incurso que estou a fazer.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Estamos é divertidos!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Estamos à espera da resposta do Tibete!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sei que o regresso ao passado incomoda sempre, sobretudo quando o regresso ao passado é com o mesmo rosto, com os mesmos custos e com o mesmo desperdício energético.

Aplausos do PS.

Mas quanto a esta questão da factura energética e da poupança de energia, a situação em Portugal é uma situação que carece de correcção, sobretudo ao nível dos desperdícios elevados e da intensidade média, que no nosso caso é uma intensidade superior à europeia.
Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, para poder esclarecer o Sr. Deputado Bernardino Soares, que está muito inquieto com as questões da intensidade da energia,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É a intensidade dos lucros da Galp e da EDP!

O Sr. Alberto Martins (PS): — … a questão que coloco é a seguinte: quais são as medidas no âmbito do plano…