O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

34 | I Série - Número: 071 | 12 de Abril de 2008

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — O nosso potencial é 30%!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr.ª Deputada, lamento muito, mas, em termos de ambiente e de energia, o que fizemos nestes três anos coloca-nos a uma distância tal relativamente ao que existia que levou ao aplauso de todos aqueles que se preocupam não só com o ambiente mas também com a economia.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular a sua pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Deputados: O tema da energia é um tema particularmente importante e cuja oportunidade de discussão é indesmentível.
Mas ao que assistimos hoje aqui foi, à nossa direita, a um momento cénico particular, com o Dr. Santana Lopes a afirmar o seu regresso — regresso que, para nós, é um momento significativo e que, para outros, será preocupante.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Acima de tudo, não vislumbramos qualquer energia particular renovável da parte do PSD,…

Aplausos do PS.

… particularmente em termos de ideias novas, para discutir a questão da energia, em Portugal, que é, como todos sabemos, uma questão estratégica.
Ainda à nossa direita, o Dr. Paulo Portas esteve no mesmo registo do regresso ao passado.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Está enganado!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Ora, a nossa dificuldade, o nosso problema é superar verdadeiramente o tempo perdido, vencer o tempo perdido, em função e por causa do vosso passado.

Aplausos do PS.

À nossa esquerda, ganhou relevo a intervenção do Sr. Deputado Francisco Louçã, a quem queremos dizer, não sobre as questões da biomassa ou dos biocombustíveis mas sobre questões do comportamento dos políticos no âmbito da sua acção política, algo muito simples: para nós, para todos nós (e penso que para toda esta Câmara), a ética da República é a lei. E tudo o que na moral esteja fora da lei é domínio da consciência de cada um.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Por isso é que nós queremos mudar a lei!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Por isso, Sr. Deputado, julgamentos morais, não, não os aceitamos! Nós conhecemos a história dos julgamentos morais, nós repudiamos a história dos Torquemada da História, e não aceitamos isso!

Aplausos do PS.

Não aceitamos, por isso, julgamentos populares de qualquer matiz, não aceitamos justiça moral. A justiça é a justiça do Direito e das regras da legalidade.