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55 | I Série - Número: 094 | 12 de Junho de 2008


Esta unanimidade, hoje, revelou-se um factor verdadeiramente importante para o povo dos Açores, porque traz garantias de uma melhor administração dos Açores pelos açoreanos. E não nos podemos esquecer de que a autonomia não é mais do que o exercício do Estado na região autónoma.
Saúdo, por isso, mais uma vez, a delegação açoreana aqui presente e, assim, o povo açoreano e desafio a Madeira a copiar o exemplo dos Açores…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — … e a trazer aqui a sua proposta de estatuto político-administrativo,…

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Já cá faltava! Isso depende da Assembleia Legislativa!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — … para que a possamos também aprovar por unanimidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Mota Amaral.

O Sr. Mota Amaral (PSD): — Sr. Presidente, quero apenas pedir a indulgência de V. Ex.ª e da Câmara para acrescentar às minhas palavras uma saudação muito cordial, em meu nome pessoal e no da bancada do PSD, à delegação da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que, com as minhas desculpas, havia omitido.

O Sr. Presidente: — Muito bem, Sr. Deputado.
Também aproveito para esclarecer o Sr. Deputado Guilherme Silva que compreendo o sentido da observação que fez mas, quando anunciei o resultado, certifiquei, em primeiro lugar, que, no voto electrónico, havia 202 presenças, o que era um número suficiente para formar o quórum de deliberação, e, em segundo lugar, que, sendo a aprovação feita por unanimidade, excedia os dois terços da maioria dos Deputados presentes, constitucionalmente requerida.
Por conseguinte, está feita a correcção, mas vai no sentido das palavras que usei na apresentação do resultado da votação.
Sendo assim, vamos prosseguir os nossos trabalhos, uma vez que ainda temos algumas iniciativas para apreciar.
Passamos, então, à apreciação, na generalidade, do projecto de lei n.º 526/X — Estabelece a pensão de reforma por inteiro com 40 anos de descontos, sem penalização (BE).
Para apresentar o diploma, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Bloco de Esquerda traz hoje a debate um projecto de lei que se dirige particularmente a todos e todas que começaram a trabalhar com idades entre os 10, 12 e 13 anos. Temos todos para com eles uma imensa dívida; são os mais pobres dos pobres que não tiveram sequer oportunidade de continuar a estudar.
O Bloco de Esquerda apresentou este projecto de lei e, simultaneamente, teve para com ele, da parte de muitos e muitos trabalhadores deste País, uma imensa onda de solidariedade, contando muitos deles, na primeira pessoa, histórias de vida dramáticas. Temos exemplos bastantes de trabalhadores e de trabalhadoras que, ao fim de 40 anos de descontos e tendo hoje 54 e 55 anos de idade, estão na iminência de receber pensões — e alguns já as recebem — absolutamente miseráveis. Não foi para isto que se fez uma reforma da segurança social! Não deveria ser para isto que o Governo do Partido Socialista alterou a Lei de Bases da Segurança Social, pois, sob a capa de que pretendia resolver o problema da sustentabilidade, aquilo que nos oferece hoje é que temos de trabalhar e descontar mais para, no final, receber menos.
Este projecto dá corpo à história da Maria, por exemplo, que começou a trabalhar com 14 anos, em 1966. A Maria trabalhou desde 1966 até 2005 e aos 55 anos de idade, com 40 anos de descontos, vai ter uma pensão de 212,97 €. E porquê, Sr.as e Srs. Deputados? Porque tem uma penalização de 10 anos, ou seja, entre os 55