15 | I Série - Número: 095 | 13 de Junho de 2008
evocar um momento extremamente dramático para a presença das nossas Forças Armadas nessa missão de paz — que é, aliás, da maior importância para o prestígio do País e com a qual, obviamente, o PSD está solidário?
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Mota Amaral, o equipamento das Forças Armadas destacadas no estrangeiro, em particular num teatro de guerra tão difícil como o Afeganistão, é o equipamento recomendado tecnicamente pelas chefias militares. Nunca o Governo regateou um euro que fosse para que as nossas Forças Armadas, que desempenham, como sabe, uma tarefa muito difícil e muito arriscada nesse teatro de guerra, possam dar o seu melhor.
O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem de concluir.
O Sr. Primeiro-Ministro: — E têm sido, aliás, muito elogiadas, Sr. Deputado, pela sua coragem e pelo seu serviço à missão de que estão encarregados.
Mas, finalmente, deixe-me fazer também uma observação sobre o Tratado de Lisboa.
O Tratado de Lisboa é de enorme importância para a Europa e para Portugal e também para este Governo.
O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem mesmo de concluir.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Só não fui fazer campanha à Irlanda por uma simples razão: porque os dirigentes irlandeses acharam que o melhor era fazerem uma campanha muito doméstica, isto é, centrada nos seus próprios argumentos e não tanto no argumento europeu.
Por isso, Sr. Deputado, não posso acompanhá-lo em mais do que nesse desejo de que tenhamos hoje uma vitória na Irlanda, que será uma vitória para a Europa e também para Lisboa e para Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Passamos, agora, ao CDS-PP.
Para efectuar as suas perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, nós preferimos o compromisso ao caos.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Mas nos últimos dias, que pareceram uma espécie de processo revolucionário em curso (PREC), os portugueses perceberam algumas coisas.
Primeiro, que o Governo não prevê os acontecimentos, vai a reboque dos acontecimentos.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Segundo, que em vez de baixar o imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), que é bom para quase todos e que tem efeito para a economia em geral, acaba por ir cedendo a uns e a outros, conforme o tom e a pressão.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!