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17 | I Série - Número: 095 | 13 de Junho de 2008

Vozes do PS: — É verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado fala, agora, de taxistas e de agricultores.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP) — Estou a perguntar!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Como isso me soou a um convite, Sr. Deputado!... Como o percebo, Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

Protestos do CDS-PP.

É lamentável esse discurso! O senhor vive disso!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP) — Estou a perguntar-lhe o que é que o senhor faz!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O senhor não passa um dia sem a mais básica opção pelo aproveitamento político! Que coisa lamentável! O Sr. Deputado, um dia, diz ao Governo que não seja tão arrogante…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP) — Isso não fui eu!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Disse, disse!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP) — Não senhor!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado disse «isto não pode ser um braço de ferro», incentivando o Governo ao diálogo. Mas no dia a seguir aparece aqui o Sr. Deputado valentaço, já depois do acordo feito, para dizer ao Governo que devia ter mantido a ordem e usado a força.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — E devia!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Olhe, Sr. Deputado, a ordem faz-se ou mantém-se quando se recorre à força com proporcionalidade e sabendo quais as consequências. O que este Governo fez foi ponderar todas as hipóteses mas optar por aquela que melhores resultados deu ao País! E é muito visível a sua frustração, porque esperava, pois já disse ontem que este debate devia ser sobre combustíveis,…

O Sr. José Junqueiro (PS): — Exactamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … vir para o debate sem que existisse acordo algum …

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e que o País estivesse em crise!

Aplausos do PS.

Mas «azar dos Távoras», Sr. Deputado! Afinal de contas, o Governo conseguiu resolver um problema, que é um problema sério em toda a Europa.