O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20 | I Série - Número: 095 | 13 de Junho de 2008

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, a sua presciência pode definir-se por aquele Financial Times de Outubro passado, com o petróleo a 110 dólares/barril e o Orçamento do Estado prevendo-o a 80 dólares.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Em qualquer caso, Sr. Primeiro-Ministro, ainda bem que se preocupa muito com a agricultura, embora os agricultores não consigam ouvi-lo.
A este respeito, Sr. Primeiro-Ministro, quero colocar-lhe uma questão, que é séria e estrutural, que a Europa não viveu no pós-guerra mas com a qual, neste momento, está confrontada: qual é a dimensão e a preparação da reserva alimentar estratégica portuguesa para situações de crise?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Portas, pela primeira vez, o nosso Regimento contempla debates com o Primeiro-Ministro com temas colocados pela oposição. Isso é uma total novidade e terei o maior gosto em responder a todas as questões e em todos os domínios.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Nunca responde!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Agora, a verdade é que eu não partilho desse ponto de vista…

Protestos do CDS-PP.

Ó Srs. Deputados, importam-se de ouvir com um mínimo de respeito quem está no uso da palavra?

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Já está a ficar zangado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Acho que mereço o mesmo respeito que eu tenho para com o Sr. Deputado Paulo Portas quando ele usa da palavra em nome da sua bancada. Esses apartes não acrescentam nada, não são bons argumentos, se me permitem.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Os insultos também não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que quero dizer é o seguinte: não estou de acordo com uma visão paroquial da nossa política agrícola, nem com uma visão não europeia da nossa política agrícola.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — As questões das reservas estratégicas devem ser vistas não apenas em Portugal mas também no conjunto da Europa, e Portugal deve participar nessa visão da política agrícola europeia porque só assim é que pode afirmar uma política agrícola moderna, competitiva e preparada para competir na economia global.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, sabe o que é espantosamente paroquial? É ter um Ministro da Agricultura que, quando chega, diz aos produtores: «abandonem os cereais,