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41 | I Série - Número: 102 | 4 de Julho de 2008

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Os senhores é que falam nisso!

O Sr. Luís Rodrigues (PSD): — … não deixando, no entanto, de alertar a opinião pública para as promessas demagógicas e reiteradas do PS e do Governo.
Sabendo o PCP que nunca terá a responsabilidade governativa, pode criar todas as ilusões, utilizando a sua velha e desgastada táctica: o PCP reivindica tudo e mais alguma coisa com o mesmo grau de prioridade, ou seja, exige fazer tudo ao mesmo tempo, como se todos os investimentos de Portugal para os próximos anos estivessem concentrados, hoje, na península de Setúbal.
Como isto não é possível, e o PCP sabe-o, este partido aproveita para, depois, acusar os diversos governos pela não execução desses investimentos,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E é mentira, não?!

O Sr. Luís Rodrigues (PSD): — … dizendo que o PCP até os propôs na Assembleia da República.
Por outro lado, é muito estranho que um partido que detém a larga maioria do poder nos municípios e freguesias de Setúbal desde o 25 de Abril,…

O Sr. Jorge Machado (PCP): — E muito bem!

O Sr. Luís Rodrigues (PSD): — … atribua a outros todas as responsabilidades pelas maleitas deste território.

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Só as do poder central!

O Sr. Luís Rodrigues (PSD): — Assim, não tendo as autarquias locais de Setúbal qualquer responsabilidade em encontrar soluções para o desordenamento do território, a degradação dos centros urbanos, a não erradicação de bairros de lata e de bairros clandestinos e para o congestionamento do tráfego nas vias municipais, entre outros problemas, então, não vale a pena existirem.
Sr. Presidente, no entanto, grande parte das preocupações aqui levantadas têm razão de ser…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Afinal!…

O Sr. Luís Rodrigues (PSD): — … pois os sinais de crise são por demais evidentes, sem que o Governo do PS tenha, ao fim de mais de três anos de mandato, encontrado soluções para os problemas e um rumo para o País e para o distrito de Setúbal.
O PS é reincidente nas promessas e um «mãos largas» nos anúncios, mas muito avarento na sua concretização. Os argumentos para adiar e atrasar os investimentos são utilizados até à exaustão.
Quase no final do mandato, o PS apenas tem «sonhos» para apresentar e «pesadelos» para oferecer.
Infelizmente, a realidade do bolso dos cidadãos e das empresas é muito diferente da imagem que o Governo pretende transmitir.
Concluindo, não se pode continuar a encarar o distrito de Setúbal como uma «quinta» isolada do resto do mundo, separada por um qualquer muro no imaginário de alguns colectivismos já desaparecidos.
Sr. Presidente e Srs. Deputados: O PSD, sem regionalismos, defende uma estratégia de desenvolvimento do País e do distrito de Setúbal que passe por definir objectivos ambiciosos, mas exequíveis, que passe por definir prioridades sérias e que passe também por adequar essa estratégia à realidade, não hipotecando as gerações futuras.

Aplausos do PSD.